Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs na Humanidade, dignem-se de aceitar o Amor e as bênçãos da Graça.
Eu vim, hoje, falar-lhes sobre a Transparência.
Eu vou primeiramente, se vocês bem o quiserem, definir a Transparência que eu não quero falar e, assim, me explicar.
A
Transparência, tal como é conhecida em meio à personalidade, em meio às
relações, no meio social e mesmo econômico, não é a Transparência que eu
quero falar a vocês.
Porque esta Transparência aí recorre a códigos morais, a códigos que estão inscritos em meio à personalidade.
Qualquer
que seja a Transparência da personalidade, em sua expressão, em seus
modos de relações, em seus modos de trocas, ela jamais irá permitir
viver a Transparência no sentido em que eu quero exprimir-me.
A
Transparência de que falo é aquela da consciência que permite
estabelecer-se, de maneira forte, no Si e aguardar, dessa maneira, para
dar o lugar ao Desconhecido.
Independentemente da Transparência considerada em meio à personalidade, ela sempre será apenas uma projeção.
Nenhuma
relação, a mais harmoniosa, nenhuma conformidade a um rito, a um dogma,
a uma sociedade, pode estar em qualquer relação com a Transparência
sobre a qual eu vou falar a vocês.
A
Transparência, no sentido da personalidade, pode apenas resultar da
alma, pode apenas resultar de uma educação, ou de uma conformidade com
um ideal.
A Transparência de que eu vou lhes falar é exatamente aquela da consciência que vai se tornar, ela, transparente.
A Transparência, no seu sentido, independentemente da personalidade, do Si ou do Absoluto, é um estado.
A
Transparência é o que deixa passar, o que não interfere, o que, além da
noção de clareza ou de qualquer moralidade, é algo que vai permitir
superar a percepção, superar o sentir, superar a própria explicação que
pode ser feita e que vai, então, muito além da observação, muito além da projeção da própria consciência, no que é observado.
Eu
diria, para retomar uma terminologia que vocês empregaram nesses últimos
tempos, que a Transparência vai eliminar a distância sujeito / objeto,
em um primeiro momento.
E em um segundo momento, ela vai fazer desaparecer o objeto e o sujeito.
Enquanto
o olho da consciência estiver voltado para o exterior, que isso seja no
eu ou no Si, que isso seja até mesmo em um olhar voltado para o
Interior (na contemplação do Si), jamais haverá uma Transparência total.
Visto que o simples
fato de ver a Luz, de viver e de experimentar a Luz, traduz uma
plenitude da Luz (e não uma Transparência à Luz, não uma eliminação do
Si) que não pode levar, em caso algum, ao Desconhecido e ainda menos ao
Absoluto.
A Transparência vai colocá-los em um estado onde vocês deixam o observador.
É o momento em que, em meio à própria consciência ordinária do eu fragmentado, vocês cessarão de interagir.
Não
para ver, não para olhar, não para observar, mas, sim, para deixar-se
atravessar pelo fluxo da Vida, para deixar-se atravessar, sem interagir
com o que atravessa.
O que atravessa está muito além do objeto que é olhado.
Eu
lhes expliquei, há algum tempo, a minha experiência ocorrida depois de
uma experiência traumatizante, que me conduziu, após uma indizível dor, a
viver a indizível Alegria.
A Transparência ligada, como vocês sabem disso, à Porta KI-RIS-TI, está associada, portanto, ao impulso Metatrônico.
E é o
que vai permitir-lhes, quando vocês adotarem esta maneira de ser,
aproximar-se mais perto da não ação e, portanto, da não dualidade.
A Transparência não é uma resignação.
A Transparência não é uma indiferença.
Essa
de que falo é aquela que vai consistir em extrair-se, na totalidade, da
pessoa, em extrair-se, na totalidade, do Si, a fim de não mais
interagir, de não mais agir e de não mais reagir com o que quer que
seja.
Uma aproximação da Transparência pode ser realizada pela meditação.
Alguns
estados meditativos podem levá-los a observar, em um primeiro momento, o
fluxo dos pensamentos, o fluxo das emoções, eventualmente, o fluxo das
imagens que vocês alcançam.
Mas
se vocês superarem esses estados, vocês irão dar-se conta de que a
meditação vai permitir-lhes apreender-se de que o que é visto, o que é
passado, naquele momento, não pertence a vocês.
Há
então, na Transparência, uma noção inicial, preliminar, de distância que
pode se estabelecer, permitindo distanciar-se, realmente, do que foi
observado anteriormente.
Esta tomada de distância não é um afastamento.
Ela é um requisito, eu diria, para a Transparência.
Porque,
naquele momento, vocês irão se apreender (que isso seja na meditação ou
em uma experiência tal como a que eu vivenciei e que eu narrei a vocês)
de que vocês não são nem aquele que olha, nem aquele que é olhado, nem
os sentidos que contemplam o que acontece.
Isso pode ocorrer em qualquer circunstância da vida.
Que isso seja na natureza, que isso seja na relação com um ser ou, como eu acabo de dizê-lo, na meditação.
Esta
Transparência não é uma indiferença: ela é a cessação da observação da
consciência, a cessação do observador e é, portanto, o que vai
permitir-lhes viver um estado particular, onde todo parecer, toda noção
de interação com o meio ambiente vai desaparecer.
Nenhuma expressão da comunicação, nenhuma expressão desta interação está mais presente.
Isso
vai culminar em uma experiência indizível, que supera de muito longe o
quadro do Despertar, o quadro da Realização, o quadro do Si.
Porque,
no momento em que vocês cessarem de agir com o mundo ambiental, antes
que o mundo realmente desapareça, vocês se tornam Transparentes, vocês
não existem mais para este mundo.
Isso se aproxima, por diferentes lugares, da Consciência Turiya, do Samadhi e, talvez, de Shantinilaya.
Seja
como for, a Transparência, como muitos de nós abordamos, é um elemento
fundamental nos processos que se desenrolam atualmente sobre esta Terra.
A noção de Onda da Vida, de Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, o Despertar dos Chacras, o Despertar da Kundalini,
as modificações da consciência fragmentária, levando-os, para alguns, a
viver o Si, deve dar lugar a esta noção de Transparência.
Na
Transparência há, de qualquer forma, uma aniquilação do Si, um
desaparecimento do observador, um desaparecimento total daquele que se
situa como testemunha observando um ambiente, uma pessoa, ou comutando
com este ambiente ou com esta pessoa.
A Transparência põe fim, portanto, à troca [transferência mútua e simultânea de alguma coisa].
Ela põe fim à interação, à ação, como eu disse, e ela permite culminar, eu diria, em algo estritamente desconhecido.
O
Despertar propicia-lhes viver um sentimento de Transparência do mundo,
um sentimento de Transparência, mas que é vivenciado como alguma coisa
observada, no exterior.
A Transparência de que falo é a Transparência da alma e do Espírito.
A
Transparência da própria pessoa que, de algum modo, desaparece do seu
papel de observador, do seu papel de testemunha, e que penetra em um
espaço desconhecido, aí onde mais nada pode interagir e interferir.
Neste
estado, o Absoluto ou a Última Presença emerge, e é neste estado (que
eu vivenciei e que, eu espero, vários Irmãos e Irmãs irão viver) que
pode se viver o que foi nomeado a Liberação.
A
partir do momento em que vocês se apreendem de que é apenas uma
interação em meio a um ambiente (que é ele mesmo criado pela sua
interação prévia e pela interação prévia do conjunto das consciências
que ali foram levadas), vocês percebem, sem ali acreditar (não como uma
simples crença, mas, sim, como um fato estabelecido), que este mundo,
assim como a sua própria presença, é apenas uma ilusão.
Vocês se extraem, de alguma maneira, como disse BIDI, do palco do teatro, da poltrona do espectador e do próprio teatro.
A
própria consciência desaparece e se aniquila totalmente, permitindo,
naquele momento, viver outra coisa que o que pode ser conhecido.
Esta
outra coisa (que é então o desconhecido propriamente falando) é o que
eu denominei durante a minha vida: “a Outra Margem”, ir para o Outro
Lado.
Aquele
que não foi para o Outro Lado não pode, evidentemente, encontrar
qualquer explicação e qualquer justificação sobre o que eu falo.
Eu
posso apenas, contudo, esperar dar-lhes os elementos chave, permitindo,
através desta Transparência, viver (imitar, se vocês preferirem) o
caminho de CRISTO, o caminho de BUDA, o caminho dos Seres que, em todas
as épocas, foram liberados das condições desta matéria, desta
experiência, desta encarnação e mesmo deste Si, sem, no entanto, renegar
o que quer que seja.
Porque, efetivamente, como isso lhes foi dito e repetido, a Ilusão está incluída no Absoluto.
É-lhes
preciso, na realidade, como dizia BIDI, mudar o olhar, não mais portar
um olhar fragmentário, não mais portar qualquer olhar.
Ou seja, fazer cessar, na totalidade, o que eu denominei, desde algum tempo, a ação do Eixo ATRAÇÃO / VISÃO.
O
Eixo ATRAÇÃO / VISÃO, ligado à imagem, ligado ao que é projetado e visto
no exterior, na tela da consciência interiorizada, é o principal
obstáculo à noção de Transparência.
Porque,
a partir do momento em que há observação, a partir do momento em que há
interação ou ação, há necessariamente interação do seu mental que se
apreende do que é visto, do que é ouvido, do que é traduzido pelos
sentidos, quaisquer que sejam, a fim de tirar uma explicação ou uma
resposta adequada.
A
partir do momento em que vocês não procurarem mais explicar, a partir do
momento em que vocês não procurarem mais compreender, a partir do
momento em que vocês se deixarem atravessar, naquele momento, vocês
atravessam o rio para ir à Outra Margem, não antes.
Dessa
maneira, as técnicas de meditação vão permitir colocar o mental em
repouso, observar os próprios pensamentos, a fim de, não fazê-los
desaparecer, mas de se distanciar.
Esta
tomada de distância, como eu falei disso, é o elemento capital que vai
permitir-lhes deslocar o ponto de vista para fazê-lo sair da consciência
e fazê-lo existir, independentemente de qualquer localização, como isso
lhes foi elucidado pelas viagens da Consciência, através da
Deslocalização, da Multilocalização ou, ainda, da Fusão com o Duplo.
O princípio do desaparecimento é o desaparecimento do observador.
É a vontade não existindo.
É o
próprio princípio que rege a ausência de interação, a ausência de
reação, e a ausência de qualquer sentido, permitindo resultar no
Absoluto.
Esse resultado, como eu disse, não é, aí tampouco, uma passagem, já que não é possível atravessar.
Em caso algum, o desconhecido pode ser conhecido a partir do ponto de vista da pessoa,
qualquer que seja a observação, qualquer que seja a explicação, ou
qualquer que seja a própria interação com o que é observado.
Há, a
partir do momento em que a própria observação cessar, a partir do
momento em que tudo o que é captado pelos próprios sentidos,
desaparecer, a partir do momento em que o conjunto dos sentires
desaparecer, que o Amor (que subjaz à manifestação e à Ilusão) pode
aparecer claramente além da consciência.
É
naquele momento que vocês percebem a Beleza do Universo, a Beleza da
Vida, além do ponto de vista da pessoa fragmentada, ou, ainda, em meio à
presença do Si.
Nós estamos muito além dos processos denominados Realização ou Despertar, já que nada há a observar.
Os pré-requisitos, é claro, são conhecidos.
Isso consiste em se colocar no Aqui e Agora.
O
Aqui e Agora que lhes permite favorecer o estabelecimento do Si e a
instalação em meio ao Si, tendo possibilitado a Alegria, tendo
possibilitado a manifestação da sua Presença, que deve, de algum modo,
ela própria desaparecer, a fim de propiciar-lhes, não ver outra coisa,
não olhar outra coisa, mas se tornar vocês mesmos a essência total de
toda manifestação, como de tudo o que não é manifestado.
É
apenas nesta condição (ou seja, neste tipo de desaparecimento do Si,
neste desaparecimento da pessoa) que pode se estabelecer a totalidade do
Grande
Tudo, nomeado, se vocês quiserem, o Absoluto ou o Desconhecido.
Enquanto
existir um observador, enquanto existir um sujeito que contempla um
objeto ou que olha ou que apreende, pelos sentidos, um objeto ou uma
relação, não pode existir a menor Transparência.
Vocês
veem, através dessas palavras (e eu os deixo, de alguma forma, juízes),
que há uma diferença fundamental entre a Transparência da
personalidade, expressa em meio a relatos humanos ou através de regras
sociais, e a Transparência de que falo que é, justamente, o
desaparecimento de toda regra, de toda moral, de toda convenção e de
toda pessoa, assim como de todo sujeito e de todo objeto.
A
Transparência é esta Porta nomeada KI-RIS-TI, nas suas costas, e que foi
impulsionada, para vários de vocês, pela ação determinante do Arcanjo
METATRON.
Hoje, vocês têm de manifestar esta Transparência de maneira a mais evidente possível.
A
Transparência, a partir do momento em que vocês a adicionam aos outros
pilares da Humildade, da Simplicidade, da Espontaneidade, do Instante
Presente, vai permitir-lhes não mais interagir e, no período de um tempo
extremamente reduzido (basta que isso ocorra uma única vez para que o
envelope do Coração seja definitivamente transpassado e perfurado),
permitir superar os limites do Si, os limites da Presença.
Naquele momento, vocês poderão afirmar, porque vocês irão vivê-lo, que vocês são Absolutos.
A Transparência é a condição sine qua non para o estabelecimento do Absoluto.
Este
estabelecimento, que não é um, mas que permite conduzir, de algum modo,
para além de todos os limites impostos pela personalidade, como para
além dos limites do Despertar e da Realização.
A
partir do momento em que vocês aceitarem fazer cessar toda percepção, a
partir do momento em que vocês aceitarem não mais interferir, de maneira
alguma, com o que lhes é apresentado como pensamento, como visão, como
sentir, como percepção, como concepção, naquele momento, a Transparência
se estabelece sozinha.
É
nesse sentido que outras expressões foram dadas e repetidas a vocês
desde mais de um mês, incansavelmente, por BIDI e por outros Anciãos
entre vocês, como o fato de permanecer tranquilo, como o fato de
realizar uma investigação, como o fato de refutar.
O próprio princípio da Transparência vai se conjugar, de algum modo, e vai se apoiar, na Humildade e na Simplicidade.
A Humildade, é claro, se refere, antes de tudo, à onipresença da personalidade, do eu [“je”] e do eu [“moi”], em toda a vida de um indivíduo, mesmo a mais equilibrada possível.
A
Simplicidade consiste, evidentemente, em encontrar o Caminho da
Infância, como isso foi falado por algumas Estrelas, ou seja, em
reconectar, de alguma forma, a espontaneidade, em um primeiro momento,
do observador, que está ele próprio absorvido no que é observado.
Todo mundo sabe da criança mais nova quando ela começa a brincar: ela brinca e ela fica absorvida na sua brincadeira.
Nada mais do exterior pode existir.
Existe,
portanto, nesse caso, na criança, uma forma de sideração da consciência
que fica, literalmente, absorvida em sua ocupação.
Evidentemente, no adulto, isso é muito mais difícil de estabelecer, porque, qualquer que seja a ação em curso que vocês realizam, outras atividades do pensamento podem se manifestar.
Por outro lado, todos vocês fizeram a experiência (que isso seja na meditação ou em atividades lúdicas ou recreativas ou criativas) de momentos em que vocês ficavam tão absorvidos que o resto do mundo desaparecia.
Esta absorção em uma atividade é, talvez, uma prévia ao estabelecimento da Transparência.
Mas, mesmo esta própria absorção deve desaparecer porque ela é uma projeção da consciência.
Mas, entretanto, é uma abordagem que pode permitir-lhes aproximar-se, se eu puder dizê-lo, desta noção de Transparência.
A Transparência não pode se apoiar em absolutamente nada do que é conhecido.
É o momento em que vocês aceitam colocar-se no Aqui e Agora, na Humildade e na Simplicidade.
É, naquele momento, onde vocês não inter-agem mais de nenhuma maneira com o mundo e com vocês mesmos, como com qualquer outra consciência, que a Transparência explode.
Eu falo de explosão porque esse não é um processo linear e progressivo.
É um processo onde ali não havia Transparência e, de um único golpe somente, há Transparência.
Isso os faz passar do status de indivíduo ou do status de Ser Realizado, ao Ser Liberado.
Há, portanto, uma mudança, uma revolução e uma reversão, que foi denominada, em várias ocasiões, a Última Reversão, pelo Arcanjo URIEL.
A
Última Reversão deste mundo vai fazê-los refletir sobre reconsiderar a
sua posição, neste mundo, na sua vida, no seu ambiente, nas suas
concepções, nas suas percepções, nos seus sentires, nas suas crenças.
Em suma, no conjunto do que constitui a sua vida ou o seu Si.
A ação da Luz é uma colocação na Transparência, já que a Luz, durante a sua instalação, não pode dar lugar a qualquer sombra, a qualquer resistência, a qualquer dualidade.
Isso, é claro, é uma reversão total das suas concepções e do conjunto das experiências que vocês realizaram no Si.
Mesmo o Si o mais estabilizado deve se apagar e isso foi chamado, eu lembro vocês, de “Abandono do Si”.
A etapa para a Transparência é certamente o elemento, junto com a refutação, que vai permitir-lhes aproximar-se o mais perto possível.
E é naquele momento que tudo poderá bascular, como eu lhes falei desde algum tempo, com relação à minha experiência.
Naquele momento, vocês irão desaparecer, real e totalmente.
Vocês não são mais uma pessoa.
Vocês São, em um primeiro momento, eventualmente, o conjunto do mundo.
E mesmo o mundo, naquele momento, desaparece.
É por isso que isso foi comparado ao sono.
Porque, efetivamente, visto do exterior, isso corresponde à aniquilação total do mundo, assim como da sua consciência.
É aquele que jamais participou da menor experiência: é o Absoluto.
O Absoluto não pode se deslocar.
Isso lhes foi dito, também, de diferentes maneiras.
Portanto, a partir do momento em que a consciência se desloca, no seu ato habitual de apreender uma percepção ou uma concepção, ou de interagir ou de reagir, evidentemente, vocês estão em movimento.
O movimento não permite conhecer o não movimento.
Há então, nesse nível, um aprendizado que vai colocá-los nas condições propícias para viver esta Transparência.
Não pode existir Transparência sem desaparecimento.
O que desaparece é, ao mesmo tempo, a consciência, aquela que os anima (quer vocês estejam no eu ou no Si), e o próprio mundo, em todas as suas manifestações.
O requisito é, efetivamente, a eliminação de toda distância.
Isso é ainda o Si.
É o momento em que não existe mais barreira, separação, entre a sua consciência e o conjunto da consciência deste mundo, que isso seja através de outra consciência encarnada, de um Irmão ou de uma Irmã, da consciência de uma árvore, da consciência do ar, do Sol, da Lua e da própria Terra.
Vem,
em seguida, uma etapa posterior: é o momento em que vocês próprios
aceitam desaparecer, sem qualquer ação, sem qualquer vontade de fazer
desaparecer o mundo ou a sua própria vida.
Naquele momento, e de maneira extremamente brutal, vocês irrompem no Absoluto.
A ausência de sentido, a ausência de Som, como isso lhes foi abordado pelo Arcanjo URIEL e pelo Arcanjo MIGUEL, desde alguns anos, são muito exatamente as últimas coisas que podem ser observadas em meio ao Si.
O contato interdimensional, seja com o Canal Mariano, com o que foi nomeado o Duplo ou com o Arcanjo MIGUEL, como vocês sabem disso desde pouco tempo, são elementos destinados, de algum modo, a fazê-los passar do dois ao Um e do Um ao Absoluto, por esta própria noção de Desaparecimento, de Fusão, de Dissolução, que permite viver algo que pode ser apreendido pela consciência, manifestado pela consciência, estabelecido pela própria consciência.
Isso corresponde a uma revolução.
Essa revolução é tal que se assemelha, em parte, ao que foi chamado de ‘choque da humanidade’ e que está a caminho de vocês.
Dessa maneira, a partir do momento em que vocês aceitarem não mais se movimentar, ficar tranquilo, independentemente do processo que vai se desenrolar (e, em particular, o processo de desdobramento final da Luz), vocês não terão qualquer dificuldade de tornar-se Transparente, vocês não terão qualquer dificuldade de tornar-se, na totalidade, a Luz que parece chegar do exterior.
É a isso que vocês são convidados, é isso que vocês irão viver, de certa maneira, as primícias, que estão desde já acessíveis a vocês, que isso seja os momentos em que a sua consciência parece não mais existir, nos momentos que vocês podem talvez falar, em meio à personalidade ou ao Si, de confusão, onde vocês não sabem mais quem vocês são, nem onde vocês estão, ou ainda quando lhes parecer perder a memória.
Esses
processos são processos perfeitamente lógicos que, por sua vez, vão
prepará-los a este Absoluto, ou seja, a esta Transparência total.
A
Transparência é, portanto, algo que pode ser qualificado, mesmo se for
estritamente desconhecido para a maioria de vocês, por enquanto, de
processo extremamente natural.
Esta Transparência propicia-lhes descobrir o Absoluto, no qual, eu lembro vocês, está contido o conjunto das manifestações, mesmo as mais ilusórias.
Estabelecer-se nisso é sair de todo o resto.
Esta saída de todo o resto foi nomeada o ‘Absoluto com forma’, que será substituído, em breve, por um ‘Absoluto sem forma’, durante o Desdobramento final da Luz, vindo do Sol, do Núcleo da Terra, do Alinhamento com o Centro Galáctico e do conjunto das Dimensões e dos Universos.
O processo de realização da Fusão com o Duplo, ou da Dissolução em meio ao Duplo, qualquer que seja, é, aí também, uma abordagem da Transparência, porque vocês irão se aperceber de que, quando MIGUEL estiver aí, vocês irão perceber a Vibração, vocês irão perceber o Amor, vocês irão perceber a realidade do contato, mas, até aquele momento, vocês irão permanecer dois: há o observador, vocês, no Eu ou no Si (e principalmente no Si) que vai apreender-se de que há uma outra Presença que penetra, eu diria, na sua aura.
Naquele momento, pode estabelecer-se uma Comunhão, naquele momento, pode estabelecer-se um esboço de Fusão, um esboço de Dissolução.
Mas somente a partir do momento em que, como dizia o CRISTO, vocês entregarem o seu Espírito entre as mãos do Pai ou da FONTE, é que se realiza o Absoluto.
Isso foi chamado de Ressurreição, justificadamente, porque há uma Transfiguração prévia, assim como uma morte prévia, que é indispensável e que é uma condição indispensável para que se realize a Transparência e, portanto, o Absoluto.
A
Transparência é então um estado, em meio ao Si ou ao Eu, que vai
levá-los, assim como a Refutação, a aproximar-se ao máximo e a
apresentar o menos de resistência possível ao estabelecimento do que
vocês São, na Eternidade, ou seja, a própria Luz, o Amor, o Absoluto,
além de toda manifestação.
Como isso foi dito, obviamente, isso não se refere, apesar de tudo, à totalidade dos Irmãos e das Irmãs encarnados.
Mas, entretanto, o papel que vocês têm, no momento em que vocês saírem desse papel de Ancorador, de Semeador de Luz, e se dirigirem nessa direção, é essencial e fundamental porque, quanto mais vocês forem numerosos a realizar a Fusão com o Duplo, a Fusão com MIGUEL, mais será fácil, para o conjunto da humanidade, viver com facilidade, o Apelo de MARIA e o desdobramento final da Luz, em meio a este Mundo.
Porque não haverá mais questões, porque não haverá mais interrogações, porque não haverá mais interações: haverá um apagamento total, o que eu nomeei um desaparecimento da pessoa e do Si, permitindo-lhes reintegrar a Eternidade.
Como eu acabo de dizê-lo, isso não se refere à totalidade de todos aqueles que irão me ler, à totalidade de todos vocês aqui que me escutam, mas, sim, a um número limitado de pessoas, a um número limitado de Si, porque a realização da Transparência é suficiente, por um determinado indivíduo que sai da sua individualidade, para iluminar a totalidade deste Mundo.
Assim foi a vida de CRISTO, assim foi a Presença de Seres Liberados, presentes sobre esta Terra, em todas as épocas.
A grande diferença, e ela é fundamental, é que, hoje, vocês são extremamente numerosos tendo realizado o Si.
E vocês serão numerosos, ainda, a viver a Transparência e a estabelecer o Absoluto.
Naquele momento, a ação na consciência daqueles que irão permanecer no Si, na Consciência da Terra, ela mesma, será de grande ajuda, porque, naquele momento, o seu estado, além de todo estado, será o melhor testemunho de que vocês podiam se entregar à Luz e ao Amor, portanto, ao Absoluto.
Eis alguns elementos, bastante breves, que eu tinha para comunicar a vocês sobre a Transparência.
Evidentemente, resta ainda tempo, em termos terrestres, para responder às suas interrogações.
Eu ficarei feliz em ali responder, eu ficarei feliz em trocar com vocês sobre esse assunto.
Pergunta: qual é a diferença entre o Absoluto sem forma e o Absoluto com forma?
A
partir do momento em que há persistência de um corpo de carbono
(chamado, de maneira poética, de saco de comida, por BIDI), há um
Absoluto com forma.
Assim que a forma desaparecer, pelo processo de Desdobramento final da Luz, há, é claro, um Absoluto sem forma.
Pergunta: você pode desenvolver sobre a coexistência da consciência do Eu, do Si e do Absoluto enquanto se está encarnado?
Eu nada posso falar sobre o Absoluto, como isso lhes foi dito.
O Absoluto não é uma consciência.
O Absoluto é uma ausência de localização, justamente, da consciência.
Ela não está nem no objeto, nem no sujeito, nem no experimentador, nem neste mundo, nem em outro mundo.
A Transparência, através da Humildade e da Simplicidade, através da Espontaneidade, que são os outros três Pilares (ou, se vocês preferirem, se vocês se instalam na Presença, no Aqui e Agora), a partir daquele momento, há uma consciência denominada a-consciência, que se instala, da Presença e do Si.
Esta própria consciência deve cessar, o Absoluto não é uma consciência.
A
consciência, como isso foi explicado desde vários anos, sempre está em
ressonância e em relação com uma experimentação, com um experimentador.
A consciência atua sozinha.
O Absoluto não atua.
Não existe qualquer meio de ter uma representação conceitual ou perceptível do Absoluto, já que o Absoluto é justamente uma a-consciência.
A Transparência, tal como eu acabo de explicar, é certamente o que pode mais facilmente, com o princípio da investigação e da Refutação, levá-los às portas deste Desconhecido.
Enquanto houver um observador, mesmo se este observador não contemplar mais o mundo, mas a Luz, há interação.
E, portanto, ele não pode manifestar qualquer Transparência.
Na Transparência, nada existe, nada é aparente, tudo desapareceu.
Isso poderia se aproximar de algumas concepções do Zen, do que foi nomeado também, na alquimia Taoísta, a Vacuidade.
Pergunta: não saber onde se situa a consciência, corresponde à a-consciência?
Pode tratar-se de uma a-consciência, como pode tratar-se de um mecanismo de multilocalização ou de deslocalização.
O Absoluto, a partir do momento em que ele estiver aí, não pode deixar pairar qualquer dúvida, qualquer interrogação e qualquer questionamento porque, eu lembro a vocês, como lhes dizia BIDI, que esse é o estado natural do que vocês São.
Este Mundo é denominado Maya: é uma projeção da consciência.
Não há qualquer anormalidade em projetar a consciência na forma que for, na Dimensão que for.
Isso faz parte do jogo da consciência que é experiência, como eu disse anteriormente.
O problema é que, sobre este Mundo, nós fomos confinados, se vocês preferirem, no andar térreo de um imóvel de trinta andares, sem ter conhecimento do que acontece nos outros andares.
A conexão com a FONTE se restringiu à sua mais simples expressão.
Esta ruptura foi responsável pelo que foi chamado de medo, de onde resultou o apego da própria pessoa a ela mesma.
Pelo fato de que o que é desconhecido é, efetivamente, desconhecido de vocês.
Pelo
fato de que os outros estágios de consciência, enquanto o Si não é
realizado, enquanto não existe processo de Fusão / Dissolução, ser-lhes
estritamente desconhecido, enquanto experiência.
A consciência, que é experiência, é então fragmentária pelo fato de lhe faltar uma série de elementos do quebra-cabeça, eu diria, da Consciência total.
Pergunta: o Corpo de Estado de Ser que está no Sol, é Absoluto ou não?
O Corpo de Estado de Ser, qualquer que seja a sua Dimensão, é ainda uma forma.
Esta forma situa-se ao nível do que foi chamado de Mundos Unitários, onde não existe qualquer separação, qualquer fragmentação.
Vocês evoluem livremente, desde esse Corpo de Estado de Ser, até a FONTE.
O
Absoluto é acessível a vocês como uma pulsação, se podemos assim falar,
imóvel, na qual vocês têm a possibilidade de se fundir e de desaparecer.
Isso corresponde também a um Absoluto com forma.
A
partir do momento em que a consciência cessou de atuar, qualquer que
seja esta consciência, a mais expandida possível até se tornar um
Planeta, um Sistema Solar ou uma Galáxia, a partir do momento em que
isso foi realizado no final da atuação, naquele momento, é possível
extrair-se de toda experiência, de toda consciência, porque o Absoluto é
conhecido na forma.
Eu lembro a vocês que o testemunho daquele que é Absoluto é, antes de tudo, a Morada da Paz Suprema, totalmente inalterável, sem mudança, estabelecido na Eternidade, além mesmo da presença de um corpo, de uma forma, qualquer que seja, mesmo de um Corpo de Estado de Ser.
Pergunta: viver estados de Dissolução é uma das primícias do Absoluto?
Sim, isso foi chamado de Infinita Presença ou Última Presença.
Pergunta: é verdade que alguns que não viveriam o Absoluto, permaneceriam no Si para ajudar a humanidade?
Vocês ajudam a humanidade, quer estejam no Si ou quer sejam Absoluto, no processo de Fusão com o Duplo, qualquer que seja.
Vocês irradiam sobre este Mundo, sem vontade, vocês se tornam Absoluto.
A partir do momento em que duas consciências e, com muito mais razão, centenas ou milhares, são Absoluto, o Mundo desaparece.
Mesmo para aqueles que estão no Si, mesmo para aqueles que estão no Eu.
Isso depende, como vocês sabem, da própria Terra, mas também do número de consciências tornando-se a-consciência.
A ação de ter Ancorado a Luz, de ter Semeado a Luz foi realizada pelo Si, manifestada por uma das Coroas Radiantes e, especialmente, pela Coroa Radiante do Coração.
A Onda do Éter, nomeada, pela maioria de nós, Onda da Vida (que está ligada, como vocês sabem disso, à Liberação da Terra), vai progressivamente fazê-los descobrir esta noção de Transparência, já que, como isso já foi desenvolvido para vocês, os diferentes apegos da personalidade a ela mesma, os diferentes medos são dissolvidos, se vocês aceitarem Abandonar o Si, pela própria Onda da Vida.
A Transparência, naquele momento, se estabelece de maneira extremamente rápida e fácil.
Eu os remeto, para isso, a uma das últimas intervenções de UM AMIGO, tendo lhes falado do estremecimento do peito, da ativação das Asas Etéreas de um lado a outro de KI-RIS-TI, assim como da colocação em Vibração da nova Tri-Unidade, chacra do Coração, chacra da alma, chacra do Espírito, bem como de KI-RIS-TI.
Isso é uma preliminar e poderia ser comparado à Última Presença.
Além disso, o Abandono do Si, nesse nível ou nessa etapa, resulta na Transparência total.
O Duplo, que seja MIGUEL ou que seja um ser de Luz ou um ser encarnado, vai permitir-lhes viver, realizar, a Transparência, a Humildade, a Simplicidade, a Espontaneidade, mas, para isso, aquele que ainda está encarnado, ou os dois, devem desaparecer, na totalidade.
Naquele momento, e se eu puder me exprimir assim, se vocês são vocês, se vocês são MIGUEL, se vocês são a sua mônada, se vocês são o Sol, isso se compara à questão anterior, ou seja, vocês não têm mais consciência de estar em parte alguma.
E, no entanto, vocês não se perderam, vocês se encontraram.
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
Irmãos e Irmãs na humanidade, eu rendo Graças pela sua escuta.
Do
mesmo modo que o Arcanjo MIGUEL se expressou para vocês, há pouco tempo,
eu lhes proponho viver um momento de Comunhão e, para muitos de vocês,
aproximar-se desta Fusão com um Duplo, na ocorrência o que eu Sou.
Eu lhes digo até muito em breve.
Que o Amor guie seus passos, porque é o que vocês São.
Vivamos isso durante alguns minutos do seu tempo.
... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...
IRMÃO K está em vocês.
E eu os saúdo.
Mensagem do Venerável IRMÃO K no site francês:
07 de junho de 2012
(Publicado em 08 de junho de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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