Irmãos e Irmãs em humanidade, que o Amor os preencha de suas Graças.
Eu sou a Estrela PROFUNDEZ, aquela que se nomeava, em sua vida, Santa Teresa, chamada assim pelas instituições oficiais.
Hoje, eu venho completar o que eu havia dado, desde algumas semanas, com relação à Vibração que eu carreguei: a Profundez, Profundez que contribui para estabelecer, em vocês, a Inocência.
A Inocência, aquela da criança onde todos os argumentos existentes para o adulto emudeceram, a fim de dar lugar à espontaneidade, a fim de dar lugar à ausência de julgamento.
O que é a Profundez?
A Profundez está diretamente conectada à qualidade, ou à Vibração da alma, aquela que se exprime quando o silêncio da personalidade chega a fazer-se.
Então, a influência e a importância da alma desvendam-se, contribuindo para estabelecer a Revelação, a Revelação do Espírito, aí onde se encontra Cristo, aí onde se encontra a Luz Vibral.
De qualquer modo, podemos dizer que a Profundez é uma etapa anterior, permitindo reencontrar a Inocência da criança e a espontaneidade da criança, aonde vem se desdobrar, então, a Luz e a Verdade.
Isso necessita, naturalmente, certa forma de renúncia, uma renúncia não à vida, é claro, mas uma renúncia à ‘pequena pessoa’, à identidade, à sua própria história, uma renúncia a toda vontade, a toda veleidade de abarcar o que quer que seja.
Dar-se inteiramente a algo que não é conhecido e que, no entanto, gradualmente e à medida que isso é realizado, permite viver o que é este Abandono, esta ‘doação de Si’, permitindo encontrar, além do nada da personalidade, o Tudo da expressão da alma, conduzindo ao Espírito e à Verdade.
Obviamente, no momento onde, sobre esta Terra, muitas coisas acontecem e onde muitas coisas são criadas para impedir o ser humano de aproximar-se da Verdade, é preciso, efetivamente, tornar-se de novo como uma criança.
É preciso, efetivamente, aceitar (não crer, bem ao contrário) não mais ser nada, em meio a esse mundo, de qualquer maneira ali estando presente e vivendo, a fim de desvendar, em si, a imensidão da alma e do Espírito.
Somente naquele momento, o Coração se abre, integralmente, e então, revela-se e desvenda-se a Luz Autêntica, preparando então o Coração e o Templo para receber o Cristo.
Esses elementos de Profundez contribuem também para permitir ao ser humano aproximar-se da Paz e depois manifestar a Alegria, quaisquer que sejam as oposições do corpo da pessoa, a fim de não mais ser afetado de modo algum.
Isso, é claro, não é uma indiferença nem, ainda menos, uma retirada da vida, mas a descoberta da ‘verdadeira Vida’, que apenas pode acontecer quando tudo o que está ligado à própria pessoa não existe mais.
Ao meu modo, eu diria que não há mais necessidade de se crer ser tal pessoa.
Isso necessita dessa doação de si mesmo, total, propiciando, pela Profundez, reencontrar o Cristo e o Espírito, e ali viver a Verdade, aquela que não tem a ver com as circunstâncias do mundo, com as contingências do mundo e que não tem a ver com as leis desse mundo.
O Espírito, certamente, não é desse mundo e, no entanto, é nesse mundo que é preciso encontrá-lo, é nesse mundo que é preciso realizá-lo, permitindo, pelo mecanismo chamado de Ascensão, superar e transcender a condição limitada do ser humano confinado.
Isso, vocês todos foram convidados a viver, a manifestar, de diferentes maneiras.
Toda a humanidade vivenciou um apelo.
Evidentemente, nem toda a humanidade respondeu ali de maneira adequada.
A preparação, para muitos de vocês, durou muito tempo, estendendo-se além do tempo desta vida, permitindo estruturar, pouco a pouco, o veículo emprestado e a própria alma para o reencontro com o Espírito.
Hoje, viver a Profundez vai dar então na Clareza do Espírito, mas se engajar na Profundez necessita não mais manifestar qualquer superficialidade ou, se vocês preferirem, qualquer atração por esse mundo, por seus desejos e seus prazeres e sim voltar-se, completamente, para o Espírito, para o Cristo.
Vocês não podem estar voltados para a Luz e voltados para a Sombra, é um ou outro.
O que ocorre, doravante, sobre esta Terra, agora, empenha-os a penetrar nos últimos Tempos da sua própria Revelação e da sua própria Ascensão.
Isso é para viver agora, nesta carne, a cada instante, a cada minuto, a cada sopro, ajudado pelas impulsões Vibratórias da Luz ao nível das Estrelas, revelando, em vocês, sua dimensão de Semente de Estrela e de Ser de Amor, Filho Ardente do Sol.
Tudo isso, para viver e realizar, necessita, efetivamente, de uma última Reversão.
Esta última Reversão, eu poderia denominá-la ‘renúncia’, mas isso, os Arcanjos irão lhes explicar muito melhor do que eu.
Viver a renúncia, ainda uma vez, não é aquilo que foi pedido pelas religiões.
A renúncia de que falo é, antes de tudo, uma renúncia interior e um mecanismo íntimo, onde tudo o que é superficial, tudo o que é acessório, tudo o que não é da Luz é repelido para longe, não por uma negação, mas por, justamente, esta íntima convicção profunda de que voltar-se para a Luz pode apenas se realizar, em última análise, desviando-se totalmente da Sombra, não para rejeitá-la, mas para mudar de direção.
Ir para a Profundez, é isso.
E isso apenas pode se realizar se houver Inocência.
Isso apenas pode se realizar se vocês aceitarem não ser mais nada.
É a única maneira de ser tudo, não há outra.
É a porta do Coração, isso vocês o sabem, mas resta ainda atravessar esse limiar e penetrar, completamente, na dimensão do Espírito, a fim de transmutar a carne.
O trabalho, a Revelação, o desvendamento, chamem-no como vocês quiserem, realiza-se, aqui, para vocês, nesse corpo.
Isso não é por acaso, pois há necessidade deste corpo e desta carne, que são de vocês, para permitir a elevação do corpo da Terra.
Vários seres humanos estão abertos para a Verdade do Espírito e da alma.
Isso não é feito sem dificuldade porque existe, como vocês o sabem, certo número de apegos muito presentes em cada vida humana, qualquer que ela seja, cujas causas são múltiplas e elas são redundantes, elas retornam sem parar, a cada circunstância de suas vidas.
Não é fácil, realmente, para um ser humano doando-se à Luz, renunciar, renunciar aos prazeres, renunciar às alegrias ditas habituais desse mundo, às relações, aos apegos, a tudo o que faz a vida comum da pessoa que não está na Luz e que crê ali estar.
A Luz não é desse mundo, então, como vocês podem encontrá-la nesse mundo?
Ela é, pelo contrário, para manifestar-se nesse mundo.
É sua responsabilidade, seu dever e sua competência voltar-se, integralmente, para a Luz.
É uma aquiescência.
Essa ‘doação de si’ dá-se pela Profundez.
A Profundez é, efetivamente, a porta de entrada que torna maleável a alma e a torna sensível à influência de sua própria doação à Luz.
Então, pouco a pouco, ou brutalmente, revela-se o Espírito, acompanhando-se de Cantos, acompanhando-se de Alegria, Alegria de seus reencontros, Alegria da Ressurreição e da Ascensão.
Como nós todos o dissemos e como os Anciãos, também, o disseram: “ninguém pode fazer essa Reversão no seu lugar”.
Vocês sozinhos e vocês próprios que o fazem, quando aceitam renunciar, renunciar não para deixar o que quer que seja (isso, é a personalidade que vai fazê-los crer), mas a renúncia é, de algum modo, uma mudança de olhar, uma mudança de ‘ponto de vista’, uma mudança de comportamento.
Não mais estar interessado pelo aspecto superficial e, eu diria, comum da vida, para buscar apenas o extraordinário porque a Luz é extraordinária, definitivamente.
Mas para isso, é preciso aceitar não mais ser seduzido pelas luzes desse mundo que são apenas a falsa luz.
É preciso aceitar não mais ser seduzido pelos condicionamentos onipresentes: aqueles da educação, aqueles das religiões, aqueles da família, aqueles da sociedade e, no entanto, é em meio a esses diferentes ambientes que convém renunciar. De fato, é muito fácil renunciar tornando-se o que as religiões chamaram de renegado: aquele que vai se fechar de algum modo para não ver e não ser confrontado às ilusões desse mundo.
E, no entanto, é sendo confrontado às ilusões desse mundo que vocês têm as melhores chances, hoje, de renunciar.
Este ato de Abandono é um mecanismo íntimo e profundo.
Vocês não podem realizar a Profundez sem isso.
A Profundez é o desvendamento da alma, é escutar a voz da alma, perceber, além do alarido do mundo, além dos desejos da personalidade, da pessoa, sentir o que a alma impulsiona e o que ela lhes pede.
Então, naquele momento, o impulso espiritual emerge, ele propicia momentos e instantes de Paz, momentos de plenitude, que não são em função de qualquer satisfação da pessoa, bem ao contrário.
Obviamente, isso foi muitas vezes mal compreendido e mal aplicado, como uma busca a um sofrimento, como uma busca a uma renúncia artificial.
A renúncia de que falo é uma renúncia, é claro, da Consciência, antes de qualquer coisa.
E isso não se encontra em uma gruta, mas na vida cotidiana, quaisquer que sejam suasatividades, quaisquer que sejam suas idades, quaisquer que sejam os própriosfundamentos de suas vidas.
É através disso que vocês poderão dirigir-se para a sua Profundez, e para a sua Verdade.
E, então, perceber o Canto da alma chamando-os para o Espírito e para a Verdade.
É também compreender que não há nada a empreender no exterior de si, que não há nada a dizer, que não há nada a escutar, que não há nada a fazer, porque, justamente, é preciso ser capaz de fazer toda tarefa, habitual e cotidiana, de qualquer maneira tendo a ‘lucidez’ de compreender a ilusão.
Naquele momento, o Fazer torna-se o Ser, porque o que se torna importante é a Profundez que vai dar no Ser, mesmo no Fazer.
Ser não quer dizer nada fazer.
Ser não quer dizer não mais frequentar, não mais sair, não mais amar, bem ao contrário, é exatamente o inverso.
Mas simplesmente estar ‘lúcido’ sobre o objetivo.
Será que o objetivo é a alma?
Será que o objetivo é a pessoa?
Então, desde que de diferentes modos possíveis (pelo pensamento, pela intuição, pelo instinto, pela reflexão) apreendeu-se disso, então a Profundez pode revelar-se.
Ela torna, de algum modo, a alma e a pessoa maleáveis à influência do Espírito.
Mesmo o que é vivenciado, de forma intensa, permite, naquele momento, não mais ser identificado ao que é vivenciado (que isso seja um trauma, um choque, uma alegria).
Pouco a pouco, a alma, revelando-se, chama para compreender e para viver que não somos este choque, que não somos esta alegria, mas que somos outra coisa, mesmo se esta outra coisa não temos ainda acedido.
Mas esta outra coisa torna-se então uma certeza.
Daí nasce a Profundez e também a necessidade de viver o Caminho da Inocência, da infância, que permite não se tomar por um adulto condicionado pelos contextos, condicionado pelas regras, fossem elas as mais elevadas, ao nível da moralidade.
O impulso da alma, portanto, revela-se e vai então permitir experimentar a Paz, que vai conduzir ao Espírito, de maneira segura e certa.
Podemos dizer, sucintamente, que o conjunto da humanidade, hoje, vai, de qualquer forma, viver, de maneira global, o ‘impulso da alma’.
Este impulso da alma, cada um ali responderá, é claro, em função de seu ‘ponto de vista’, de sua Vibração, mas também do seu objetivo, e ele será profundamente diferente para cada um.
E, aí também, aqueles que se dirigem para a sua Profundez e para o seu Espírito deverão, não fazer um esforço, mas tomar consciência de que ninguém pode mudar odestino e o caminho de ninguém.
Naturalmente, haverá tentativas (tentativas lógicas e normais) da fraternidade humana de querer ajudar, de querer conduzir os familiares ou aqueles que nós reencontramos no mesmo caminho que o nosso.
Mas isso é impossível.
Vocês não podem levar ninguém.
Vocês não podem mesmo se levar, enquanto pessoa.
Vocês podem apenas acolher a Luz, seguir o impulso da sua alma, o Canto da alma e então, ir, decididamente, para o Espírito, que está aí, de toda eternidade, mas que, hoje, vai se revelar, dentro de algumas horas, em meio a esta humanidade.
Muita lucidez vai emergir, muitas tomadas de consciência terão lugar, mas essas tomadas de consciência podem se referir à pessoa, como alma ou como Espírito.
O resultado não será de todo o mesmo porque a tomada de consciência da pessoa irá se traduzir sempre por reações sem fim, resultando em formas de revolta, em formas de revolução e de rebelião.
E eles afastarão então essas pessoas da sua própria Profundez.
Aí também, não haverá que julgar, nada a criticar, porque cada coisa estará muito exatamente em seu lugar.
Tudo isso irá se revelar em vocês, obviamente, como no exterior de vocês.
O ponto Profundez, vocês compreenderam (e a Vibração que eu carrego), está diretamente religado à Vibração da alma, à Vibração do centro de energia presente em seu peito, que contribui para a ignição do ponto denominado ER, a Alegria Interior, oSamadhi.
Vocês não podem viver isso sem Profundez.
Esta Profundez é também um movimento da Consciência e da energia da Luz, chamando-os para absorver esta Luz, para fazê-la sua, para deixá-la agir, em sua Inteligência e em sua revelação.
Isso consiste, também, em compreender e viver a humildade a mais nobre, aquela que os faz aceitar que, quaisquer que sejam seus saberes, quaisquer que sejam suas experiências, tudo isso não é nada em relação à experiência e ao saber da própria Luz.
É também depor as armas da pessoa, é tornar-se doce e humilde como uma criança, tornar-se novamente a Inocência, integralmente.
Então, naquele momento, o Caminho do Espírito é-lhes aberto, o Caminho do Coração revela-se, permitindo viver o que vocês denominam Fogo do Coração, a Revelação do Espírito, em vocês.
É a isso que os chama o Céu, é a isso que os chama o conjunto das Confederações Intergalácticas dos Mundos Livres, seus habitantes, em todas suas Dimensões.
Mas, ainda uma vez, apenas vocês, e vocês sozinhos, que podem decidir responder a este último apelo.
O Caminho da Inocência, a última Reversão, é realmente a última oportunidade para conectar a Unidade, em perfeita lucidez, em perfeita Consciência e em perfeita liberdade.
Isso vocês têm que conscientizar, bem além das palavras que eu pronuncio.
Vocês irão perceber, em vocês, este apelo, claramente.
Ele irá se manifestar, como isso lhes foi dito, também por impulsos rápidos, ocorrendo pela manhã, ou de maneira imprevista, de algum modo, em seus dias.
Portanto, coloquem-se calmamente, entrem na Profundez e neste Caminho da Inocência percebam nele, então, a Clareza.
Naquele momento, o apelo irá tornar-se, para vocês, um apelo potente da Luz, refletindo-se por uma ‘facilitação’ do conjunto das circunstâncias de suas vidas, aonde mais nada vem tocar sua Consciência, onde mais nenhuma dúvida pode existir, onde a certeza Interior vai aparecer e se revelar, permitindo-lhes entrar, cada vez mais profundamente, na Paz.
E alcançar a Alegria, transcendendo e eliminando todas as feridas, todas suas experiências, todos seus afetos e tornando-os livres.
Tornando-os livres e vivendo então os relacionamentos, os vínculos (se eles existirem), de maneira lúcida e consciente e não ser determinado e sujeito a esses afetos, a esses vínculos, a essas obrigações (que elas sejam morais, sociais ou familiares).
Tudo isso se pode viver.
Não existe qualquer obstáculo exterior para o Caminho da Profundez, da Inocência e da Infância.
É um olhar diferente, um olhar onde predomina a simplicidade, um olhar onde predomina o que é simples e o que é evidente.
A Luz será sempre simples, bem mais simples do que a pessoa.
O Caminho da Luz é um Caminho de evidênciae de simplicidade, desde que a pessoa não interfira.
Isso contribui para a doação de si e para o Abandono à Luz, permitindo então abrir o Coração em um ato de fé absoluta no Espírito, mesmo se vocês não tiveram ainda esta chance de penetrar o Espírito na totalidade.
Lembrem-se de que a primeira experiência, qualquer que seja sua duração, será suficiente para fazê-los aderir ao Espírito e para vivê-lo.
Mas, certamente, o ego vai tudo fazer para dizer-lhes que isso está longe, para dizer-lhe que isso é impossível, que existem obstáculos, que existem feridas, que existem impossibilidades.
É falso, nada é mais falso.
A Luz tudo pode, desde que vocês a aceitem.
Ir para a Profundez é despertar o Caminho da Inocência, da Infância, que conduz para a Clareza e que conduz então para a Profundez do Espírito, ele mesmo, onde tudo se ilumina então.
Mas eu deixarei minha irmã Snow explicar-se sobre isso.
Eis, quanto a mim, as algumas palavras complementares que eu tinha para dar-lhes, que prefiguram, de algum modo, o período que se abre a vocês, dentro de algumas horas.
Se existem, em vocês, meus Irmãos e minhas Irmãs, questionamentos em relação ao que eu acabo de dizer, e somente ao que eu acabo de dizer, então, se nós tivermos tempo, nós iremos dialogar.
Pergunta: como seguir o impulso da alma se a alma é uma criação da matriz?
Meu Irmão, plenamente, a alma é uma criação da matriz.
Mas a alma é, antes de tudo e sobretudo, uma ponte entre o corpo e o Espírito.
Como tal, a alma é, portanto, a intermediária que o conduz ao Espírito.
É preciso não parar na alma, é claro.
Mas você não pode aceder ao Espírito sem passar pela alma.
Pergunta: o que se entende por escolha da alma e qual é a relação com a Passagem?
A escolha da alma é condicionante na medida em que, se a alma está voltada para a matriz ou para a matéria ou para a pessoa, então não há acesso ao Espírito ou o acesso ao Espírito não é completo, nem total.
Naquele momento, a alma terá necessidade de reencarnar-se nos mundos liberados, certamente, mas haverá uma forma de reaprendizado ou de nova semeadura do Espírito, permitindo pôr fim à alma assim que o Espírito seja revelado integralmente.
A escolha da alma é muito simples, resume-se a duas opções: a pessoa ou o Espírito, e isso não pode ser os dois.
Pergunta: onde nos situamos em relação à alma e ao Espírito, se a alma é uma Ponte para o Espírito?
Meu Irmão, você se situa indiscutivelmente na pessoa, já que você está na carne.
A alma, quando ela se revela e o Espírito, quando ele se revela, vão produzir alguns efeitos que eu falei, mas são também caracterizados por certo número de sinais.
Esses sinais foram-lhes dados: a Coroa Radiante da cabeça, a Coroa Radiante do Coração, as Estrelas, mas, muitas vezes, é a pessoa que se expressa.
Para isso, é preciso que a pessoa desapareça para deixar florescer a alma e esta alma que floresce abre a ponte ao Espírito.
O Som da alma é a testemunha, o Som do Espírito é uma outra testemunha.
A Paz é a testemunha da alma.
A Alegria é a testemunha do Espírito.
O Espírito não conhece o sofrimento porque ele não conhece a encarnação.
A alma conhece o sofrimento, ela ali é sensível, porque ela conhece a encarnação através do que lhe dizem o corpo e a pessoa.
Pergunta: qual é a relação entre o contrato de alma (o que já está inscrito em nós) e a escolha de alma (o que se pode fazer agora)?
Meu Irmão, nada está inscrito.
É a pessoa que o crê e a alma, ela mesma.
Enquanto a alma está sujeita à pessoa, ela fala de contrato de alma ou de escolha de alma.
Isso se denomina ‘livre arbítrio’.
Agora, assim que a alma se revela e se volta para o Espírito, o livre arbítrio não existe mais.
Existem apenas a Liberdade e a Graça.
São dois mundos diferentes e duas leis diferentes que não evoluem segundo as mesmas regras e nas mesmas Dimensões.
Portanto, acreditar-se submisso a um contrato de alma ou a uma escolha de alma reflete a adesão ao livre arbítrio e absolutamente não à Graça nem à Liberdade.
A Liberdade do Espírito, a Graça do Espírito não tem que fazer contrato de alma ou escolha de alma, já que o contrato de alma é um contrato que pertence, irremediavelmente, à matriz e à ilusão.
A alma de que falo é o desdobramento, como ponte, para o Espírito, e não um objetivo.
Agora, a alma pode conduzir ao Espírito quando ela é já ouvida e percebida de diferentes maneiras.
Mas não se deve parar na alma.
A alma é submissa às leis da matriz, ao que é chamado de ‘reencarnação’, à lei de Karma, que não existe absolutamente nos mundos do Espírito onde tudo é Graça e Liberdade.
É a pessoa que tem tendência de querer levar tudo para ela mesma, nas leis gerais observáveis nesse mundo que crê que em outros lugares isso acontece da mesma forma.
Não há nada de mais falso.
Pergunta: poderia especificar a dimensão do Ser no Fazer?
A Dimensão do Ser no Fazer traduz-se por ser capaz de fazer o que quer que seja, mesmo a atividade a mais detestável, na Alegria.
Enquanto vocês não são capazes disso, vocês não estão na Alegria.
É preciso, de algum modo, uma dissociação entre a pessoa e o Espírito, embora tendo consciência do Espírito.
A pessoa pode estar ocupada fazendo uma tarefa ingrata (e eu o fiz, em minha curta vida) e, estando nesta tarefa ingrata, considerar e viver o fato de que não é esta tarefa que se faz, ainda menos este sofrimento que se vive quando o corpo é tocado e, naquele momento, manter-se na Paz e na Alegria, seja o que for que faça a pessoa.
Naquele momento, pode-se Fazer, mantendo-se no Ser.
Pergunta: como distinguir a Alegria profunda associada ao Ser, da Alegria associada à pessoa?
A diferença é muito simples: a Alegria da pessoa é sempre efêmera, ela depende sempre de uma circunstância exterior e ela está ligada ao prazer, mais do que à Alegria.
Qualquer Alegria, vivenciada em meio à pessoa, extingue-se após ser exaltada.
A Alegria do Espírito é permanente e ela não é afetada por nada vindo da pessoa, quaisquer que sejam as circunstâncias (agradáveis ou desagradáveis) que vive a pessoa.
O Espírito que alcança a Alegria e a Paz, que vive o Samadhi, sabe instantaneamente.
Não há então questão que possa se colocar em relação a diferenciar as duas.
Porque são duas coisas totalmente diferentes: uma, pertencendo à pessoa, é uma emoção que nasce em reação a algo, que permanece um tempo muito curto e que desaparece.
Toda satisfação da pessoa está ligada a isso, seja alimentar, sexual, social, afetiva.
Ela não pode ser estabelecida em longo prazo porque ela é em função das circunstâncias, justamente, da pessoa.
Enquanto que a Alegria é totalmente independente da pessoa e principalmente, totalmente independente das circunstâncias, quaisquer que sejam.
A Alegria, a Paz, o Samadhi, acompanham-se de Vibrações específicas, vivenciadas no peito.
O que não é absolutamente o caso do prazer ou da Alegria da pessoa, se podemos chamar assim, que traduz sempre uma satisfação do ego, chamando a outras satisfações.
Nós todos conhecemos isso, na encarnação, seja através dos vícios (denominados álcool, tabaco, outros), mas também, ainda, em relação aos prazeres, mesmo espirituais.
Assim, quando eu era jovem, eu aguardava impacientemente o domingo para reencontrar-se em meu local preferido: em uma igreja.
Isso não era a Alegria e, no entanto, isso permitiu, talvez, mais tarde, compreender a diferença entre a Alegria, a Felicidade e a Alegria da pessoa que é feita apenas de esperanças e de necessidade de satisfação.
O que não é absolutamente o caso da Alegria Interior ou da Alegria do Coração que é a mesma, que se estabelece espontaneamente, que não tem necessidade de esperar o que quer que seja no exterior (seja o dia da missa, seja um parceiro, seja o retorno do marido ou da esposa), mas que se estabelece por si próprio.
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
Irmãos e Irmãs na carne, eu rendo Graças por seu acolhimento.
Que o Amor e a Graça os acompanhem.
Eu lhes digo, talvez até um próximo dia, com todo o Amor possível.
Mensagem da Amada SANTA TERESA DE LISIEUX no site francês:
31 de maio de 2011
(Publicado em 2 de junho de 2011)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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