Bem, BIDI está de volta entre vocês.
Eu me alegro em reencontrá-los para o nosso 'entre o seu e o meu'.
Então,
em um primeiro momento, nós iremos, se vocês bem o quiserem continuar a
examinar, a pesar e ponderar as suas perguntas, nas mesmas
circunstâncias e condições que o dia anterior.
Eu solicito então, a
sua escuta e o fato de ouvir e de deixar vir este que vem até vocês,
sem interferir de nenhuma maneira, sem os opor. Simplesmente, acolhendo
como eu os acolho.
Nós podemos vislumbrar a primeira pergunta.
Pergunta:
em nossa chegada a esta Dimensão, estrutura perfeita e Ilimitada, como é
possível ter chegado tão baixo nesta Dimensão, em Vibração e em
Consciência. Por quê?
Este mecanismo é
chamado a descida. Esta descida está ligada a um ponto de vista, cada
vez mais estreito e limitado, engajando, de alguma forma, a Consciência
em sua própria limitação (em uma autolimitação) que vai progressivamente
(sobre tempos extremamente longos) levar esta a isolar-se e a
separar-se mais e mais.
Isso foi descrito em numerosos textos muito
antigos, falando de eras e de épocas sucedendo-se e levando,
progressivamente, a Consciência a descer, de alguma forma, nas
profundezas do esquecimento.
Mas isso tem só um tempo. Desde o
instante em que o mental é capaz de se olhar, com toda a honestidade, em
toda lucidez, e de maneira lógica, ele vem, efetivamente, a considerar
isso como um processo absurdo, iníquo.
A problemática consiste em não
tentar responder a esse gênero de questão, porque, é claro, vai levá-los
não só a constatar o estado da Consciência, mas, bem mais, a encontrar
as causas.
Ora eu lembro isso a você, o Absoluto não tem causa.
Querer procurar uma causa (uma explicação) vai mandá-lo de volta,
sistematicamente, a essa causalidade e, então, a esta Dualidade.
Ponha-se a questão de porque há esta questão.
O que é necessário para
explicar ou lamentar?
Qual é este afastamento que você É, que permite
interrogar-se sobre o que você considera como triste ou como anormal ?
Não considere o que é anormal, mas não veja o que é normal.
Da
mesma forma que a Dualidade consiste em ver o bem e o mal, a Unidade não
consiste senão em ver a Unidade e em não se deixar exercitar, de alguma
maneira e de alguma forma, em dissertar, em se colocar questões sobre o
bem e o mal porque a equação do bem e do mal, por natureza própria, é
insolúvel.
Quaisquer que sejam os aspectos importantes, liderados
por uma vida no seio do serviço, do devotamento, quaisquer que sejam as
percepções filosóficas ou mesmo, espirituais (concernentes ao bem e ao
mal), elas não desembocarão jamais em uma solução porque a solução não é
deste mundo.
Porque a solução não está na Dualidade e que nenhuma
solução não pode existir enquanto há um antagonismo.
Eu falava
ontem das duas extremidades de um limite.
Não é porque vocês chegaram a
uma extremidade de um limite que vocês conhecem o conjunto dos limites, a
outra extremidade, mas, sobretudo, que vocês estão aptos a ultrapassar
este limite.
É necessário a vocês, literalmente, vocês se extraírem
dessa noção de causalidade.
Esta causalidade permite explicar este
mundo e somente este mundo.
A causalidade permite exprimir as leis da
ação/reação, as leis da Alma, mas jamais a lei do Absoluto.
Pois o Absoluto conhece apenas uma lei que é a da Unidade Abandonada ela mesma, isto é, o próprio princípio da Unidade.
O
fator causal, qualquer que seja (em sua vida, na história da vida sobre
este planeta) remete necessariamente, aí também, a um começo e a um
fim.
A causalidade, nela mesma, não pode então estar inscrita no seio do
Absoluto e não pode estender, mesmo, a sua lógica a partir do Absoluto.
A
causalidade (ação / reação, início e fim) inscreve-se em uma história e
não na Verdade. Pois toda história está escrita em um tempo linear,
dentro de certos limites que são, também, os seus, mas que não
correspondem à Verdade.
A história é de alguma forma, o esqueleto
do que resta da vida.
As carnes partiram.
Resta algo que está coagulado.
Resta algo que não participa da Vida.
Hoje, é pedido a você que seja a Vida.
O apelo da Luz faz ressoar, em você, não mais a causalidade, mas sim a sede de Absoluto.
Embora
estas palavras lhe sejam desconhecidas, mesmo se lhe parecem fora de
toda causalidade e, portanto de toda possibilidade, não permanece menos
verdadeiro do que é a só e única Verdade.
Colocar-se como Absoluto
(ousar colocar-se como este) vai pôr fim, de maneira extremamente
rápida (através do próprio inquérito sobre o que é o Si, sobre o que é o
ego e, portanto, sobre o que não é o Absoluto), vai levar você às
portas do que o ego chama o nada e depois a experimentar e a viver a
experiência que é Absoluta.
Certamente, em momentos de
articulação, foi oportuno que lhes tenha sido dado (ou que lhes seja
dado, porque eu ali não participava) uma série de elementos relativos à
história.
Apenas para mostrar a vocês e demonstrar a vocês a que
ponto a história pode ser distorcida, organizada, desviada e ser
agenciada de tal modo que ela irá desviá-los, sempre, da Verdade.
Porque elas os condicionam (essas histórias) a crer em histórias, e não em vocês.
O ser humano precisa de histórias tanto quanto ele inscreve sua consciência no seio da causalidade.
Desde
que ele inscreveu sua consciência, dentro das esferas do Absoluto (e
mesmo dentro do Si), a história não tem mais sentido. Ela não tem mais
direção.
Ela não tem mais lógica e ela não tem mais justificação.
A história é senão um álibi que é fornecido à vida que recusa conhecer-se.
A história não é mais que uma hipótese querendo dar ao mental, a certeza que ele pode explicar seu presente por um passado.
Ora, nenhum presente é explicado pelo passado. Tudo o que crê ser
explicado, por uma consequência de um passado, inscreve vocês, ainda
mais, em uma Ilusão.
Claro, aqueles que tendem a querer que a
história se repita e não levam ao fim da história, vão criar, de alguma
forma, cerimônias, comemorações, princípios de aniversários, que vão
então, manter, de alguma forma, o peso do passado em seu próprio
presente.
Vocês não fazem, aliás, não melhor quando vocês festejam um
novo ano, um aniversário ou uma festa (qualquer que seja), em data fixa.
Porque nesse momento, vocês comemoram o passado.
Vocês fazem viver e
reviver o passado no seu presente, onde ele não tem nada a fazer.
Porque
enquanto o presente (que vocês vivem) é colorido de um passado
qualquer, vocês não podem pretender a Unidade, vocês podem pretender o
Absoluto e não podem viver este Absoluto.
É preciso, então, efetivamente, descondicionar, desempoeirar, eliminar, refutar tudo o que não é o instante.
O
Absoluto não está presente senão no Instante. O único meio de
encontrá-lo (a única maneira de manifestá-lo) é viver em totalidade, o
Instante. Não há passado. Não há futuro.
Há apenas o Instante em
que desabrocha o Absoluto.
Não existe outro modo a não ser parando o
tempo, por assim dizer (o seu tempo linear), que vocês podem realmente e
concretamente, tocar o Absoluto e vivê-lo.
Qualquer que seja o
elemento que vocês tenham vivido, qualquer que seja o afeto que ele
implique no seu presente, vocês não são isso.
Enquanto vocês
concordam em dar crédito a isso, vocês não podem viver o Absoluto.
Façam
a experiência.
Ainda uma vez, não acreditem em mim.
Experimentem e
vejam por vocês mesmos, se essa lógica se aplica na vida.
Saiam então
da história.
Saiam então de toda história, pois vocês não são uma
história, nenhuma das histórias.
Alimentar a história, alimentar
uma lenda pessoal, os afasta, de maneira importante, do Absoluto e da
Verdade.
Tudo o que vocês fazem reviver (em pensamentos, em emoções, em
ritos, em rituais, em comemorações, em datas) não faz nenhum sentido
para o Absoluto.
Cabe a vocês ver.
Pergunte a si mesmo, simplesmente, a
só e única pergunta que vale a pena: O que Sou eu? E quando você vir,
por si mesmo, que você não pode definir o "o que Sou eu" ou "Eu sou",
você abandonará o "Eu sou" pelo não ser.
O que quer que diga o ego.
Porque
essa aproximação do Absoluto é de uma lógica implacável.
Esta investigação
(se ela for levada a seu termo) irá conduzi-los, como a Vibração, além
de toda a manifestação, além do ser e do não ser, para estabelecê-los,
num primeiro tempo, dentro do não ser no qual existe o Ser e que confere
(por assim dizer) o Absoluto.
Vocês devem ser, de alguma forma,
plenos.
Plenos, não de perguntas, mas plenos de certeza plena do
Absoluto, não como crença, mas como uma refutação do que é relativo,
refutação do que é efêmero, refutação do que é limitado.
A cada
minuto de sua vida, retenham bem que esta não é uma despersonalização ou
retirada da vida, mas, bem mais, uma transcendência da personalidade
que os faz penetrar na Vida.
Não aquela que os seus olhos lhes dão a ver.
Não aquela que suas palavras lhes dão como definição.
Não
aquela que vocês podem tocar, mas aquela que vocês são, além de todo
sentido.
É preciso, portanto, afastar-se da causalidade.
Este
afastamento da causalidade (expresso de outra forma) pode ser assim, de
não julgar, até mesmo o princípio da queda, mesmo a causalidade que
criou essa consciência limitada.
O não julgamento é o fato de não
carregar um olhar separado e dividido.
Não há melhor maneira de viver o
Absoluto.
Eu os lembro que no Absoluto, não pode haver nenhum limite,
nenhuma separação, nenhuma outra consciência do que aquela que vocês são
(reunindo o conjunto das outras Consciências) e desembocando, de
maneira inelutável na Consciência que não é a inconsciência. Saiam então
(e saia então) da causalidade.
A causalidade corresponde ao corpo.
Corresponde às leis da alma.
Esse
corpo tem fome: é preciso nutri-lo.
A alma tem sede de experiências: é
preciso fornecer-lhe experiências.
A alma ama amar, no sentido da posse,
no sentido da experimentação, na matriz (como vocês a nomeiam).
A alma
está então inscrita na causalidade.
Vocês não são a causalidade.
Vocês
não são, então, nem este corpo nem esta alma, nem este espírito, nem esta
vida, nem este passado.
Vocês são a vida.
Se vocês posicionam o seu
olhar desse modo, vocês constatarão que não se trata de uma negação da
vida, mas, bem mais, de uma reentrada na Vida e que, muito rapidamente,
os processos em curso, atualmente, serão seus.
Não há outra
solução. Não há alternativa. Não há outra possibilidade além de ser
Absoluto ou de refutar o Absoluto (do ponto de vista do ego ou do ponto
de vista do Si).
Reflitam, simplesmente (se é que vocês podem
defini-lo): o que existe dentro da personalidade, o que existe dentro da
alma, como objetivo?
Olhe este objetivo e compreenda, num segundo
momento, que não pode existir objetivo futuro. Porque todo futuro os
afasta, ainda uma vez, de sua Presença e do Absoluto.
É claro, a lei de
ação / reação vai fazer de tudo para mantê-los em suas redes.
Ela lhes
dá a compreender (e a estabelecer) as leis: as da encarnação, as do
carma, as da astrologia, as da energia.
Ela vai lhes dar um conjunto de
explicações, diretamente relacionadas à causalidade, e tudo funciona
assim neste mundo.
Mas eu terminarei dizendo a você que você está além
de toda causalidade.
O que você quer ser?
O que você quer manifestar?
O
que você É, em Verdade, ou de causalidade na qual você está destinado?
Para você ver.
Pergunta: Porque este mundo da Dualidade foi criado? Será porque no mundo do Absoluto, do Ilimitado, o tédio existe?
Eu responderia a você que aquele que coloca esta pergunta entedia-se
realmente.
A Felicidade, o Êxtase e a Intase do Absoluto não pode, em
nenhum caso ser um tédio.
O único tédio está aqui.
Tudo em vocês
entedia: as necessidades fisiológicas, a necessidade de ganhar sua vida,
a necessidade de manter e elevar sua Consciência, em permanência, sobre
um corpo, sobre as relações, passando pelas ferramentas incompletas
chamada a linguagem. Por outro lado, o mundo do absoluto não pode
existir.
O Absoluto não é um mundo.
Ele não é um universo, nem
mesmo um multiverso.
Ele está além de tudo que é criado. Ele é o suporte
de toda a criação.
Não é o tédio que causou o que quer que seja.
O
Absoluto não pode, em nenhum caso, ser um tédio de nenhum tipo, visto
que com algumas palavras, pode ser definido como: Ilimitado, perfeito,
pleno, vazio, Eterno, Alegria, Êxtase e Intase sem tempo e sem espaço.
Em
que o tédio poderia nascer disso? Não mais do que há uma necessidade de
experimentação. Porque quem diz experiência, dentro do limitado, conduz
a introduzir, sistematicamente, uma noção de evolução ou de involução
e, portanto, um princípio de causalidade.
Já que vocês pensam
assim, efetivamente, o mundo do Absoluto pode vos parecer entediante.
A
experiência, afinal, é senão a busca do Absoluto.
Como é que o que
é Absoluto poderia limitar-se, ele mesmo, para, depois reivindicar o
Absoluto? Especialmente desde que a perfeição é inicial e não final.
Qual interesse haveria, para o Absoluto, para render-se relativo?
Assim,
é claro, do ponto de vista do relativo, é muito sedutor falar de
experiência (de conhecer-se a si mesmo através do observador, através da
existência de um sujeito e de um objeto), mas é uma vista fragmentária.
O
Absoluto, sendo fora de qualquer tempo, fora de toda linearidade,
simplesmente, para ele, o mundo não existe. Muito simplesmente, para
ele, o limitado não tem qualquer substância. O tédio é logo ter o
conjunto de suas ocupações, mesmo observando a beleza porque observar a
beleza vai obriga-los, no linear, um dia ou outro, um instante ou outro,
a se ocuparem, a não ser do que seria suas necessidades fisiológicas.
Ao
menos retornar em Samadhi (como alguns seres realizaram), pelo menos
retornar no Absoluto mantendo uma forma, eu não vejo porque razão
haveria qualquer tédio.
Posso assegurar-vos que são vocês que são o
tédio.
Seja qual for o seu entusiasmo, quaisquer que sejam as suas
capacidades de Alegria, quaisquer que sejam as suas instalações dentro
do Samadhi, isto não é Absoluto.
Existe apenas a saída de tempo
linear do espaço, de espaço-tempo (não como uma negação, mas sim como
uma acepção lógica), não há senão naquele momento, que vocês ultrapassam
e transcendem o tédio deste mundo.
O Absoluto não é um mundo. Eu
diria que ele é a Transcendência do mundo e, portanto, mesmo se os
mundos parecem existir no interior do Absoluto (presença do relativo no
seio do Absoluto), esta é apenas uma visão (ainda uma vez) fragmentada e
limitada. O Absoluto não tem necessidade de nenhuma experiência, de
nenhuma memória.
Ele é, de toda Eternidade, perfeição e beleza, sendo suficiente a Ele mesmo, sem qualquer projeção, sem nenhuma experiência.
A experiência (sobre este mundo como em outros mundos) é, em definitivo, senão um afastamento (Vibratório, espacial e temporal) fazendo vocês acreditarem em tudo o que vocês podem crer (ou não ousar crer).
Mas o conjunto dessas crenças representa, em definitivo, senão uma falta de Luz, senão uma falta de Amor.
O ser humano passa o seu tempo a projetar o amor e ele diz que ama.
Mas vocês não podem amar e vocês não podem dizê-lo porque a sua natureza (e sua Essência) é Amor.
E vocês não podem conhecer o que vocês são, do ponto de vista limitado.
Vocês só podem projetar (sobre a tela da consciência) um objeto.
Tornar-se a testemunha (ou observador) do que vocês projetaram (de uma
obra criada, de um trabalho criado, um estudo conduzido, de uma relação
de casal, de uma relação de mãe e filho), mas vocês não podem conhecer
que vocês São.
Vocês só podem externar, no seio deste mundo, uma
ação e uma reação e tentar (no seio desta ação e desta reação)
encontrar, de alguma forma, um fio condutor que não existe entre o
limitado e o Ilimitado.
O único tédio é ser relativo.
Ser
Absoluto não se acompanha de nenhum tédio.
Só a consciência do ego
coloca esta pergunta porque o ego está inscrito em uma realidade dita
tridimensional e, portanto, em um dado espaço-tempo, dando a impressão
de que há experiências a conduzir, uma avidez (avidez que permitiria
tocar o Ilimitado) o que, muito evidentemente, nunca pode chegar.
Nenhuma
experiência deste mundo, nenhuma obra deste mundo, nenhuma evolução
ilusória deste mundo, vai poder conduzi-los a viver o Absoluto.
A
não ser quando vocês renunciam, a não ser quando vocês abandonam o Si,
ele mesmo, que o Absoluto se revela e se torna o que vocês São.
Lembrem-se: não existe nenhuma solução de continuidade.
O Absoluto
é uma revolução, não apenas uma mudança de ponto de vista (como eu o
disse ontem), mas muito mais, uma revolução em que vocês são obrigados a
fazer cessar (de uma maneira como de outra) sem negá-los, o conjunto
dos eventos de causalidade das quais a primeira das causalidades é este
corpo.
Vocês estão neste corpo, mas em todo caso, vocês não são
este corpo, seja ele um Templo. Claro, é preciso nutrir o Templo,
mantê-lo.
E aí começa o tédio, mesmo se você amam lavar-se.
Porque, muito evidentemente, há reprodução. Então, é claro, é das
consciências que amam a reprodução, porque isso dá uma certeza de
produzir os mesmos gestos, de reproduzir os mesmos atos: comer em tal
hora, ir para a cama em tal hora, levanta-se em tal hora (excetuando fim
de semana).
Tudo isso os leva, infalivelmente, a uma rotina onde
nada é novo. Se vocês olharem bem, tudo é velho, tudo é usado. Apenas o
mundo é belo porque ele manifesta (no que ele lhes dá a ver) os ciclos,
as estações do ano.
O sol nasce, sempre, no mesmo lugar.
Ele vai
se deitar à noite, no mesmo lugar.
É uma certeza (pelo menos até certo
ponto) e vocês o têm vivido até agora.
O tédio está aqui.
Certamente não
no Absoluto.
E não existe um mundo do Absoluto.
Pergunta: as
resistências para viver o Absoluto têm sempre sido mais fortes então do
que a primeira escolha que é viver no Absoluto, aqui na Terra. Por quê?
Você não pode viver o Absoluto.
Você não pode viver senão a Vida. O Absoluto está além de toda a vida.
É
proposto viver o Absoluto dentro de um relativo chamado esta forma,
este corpo e esta vida, porque as circunstâncias (os ciclos do mundo)
tocam um patamar, uma Transcendência, aí também.
Quando o efêmero
desta vida desaparece (visto que ele está inscrito entre o nascimento e a
morte), o que subsiste, neste momento, fica fechado.
Com outras regras,
outras leis, mas ainda é uma prisão. Hoje é diferente.
Há, então,
uma maior facilidade de se extrair, de alguma forma, de um ponto de
vista dualitário.
O que foi aberto no nível da Luz (o Despertar do Si, a
realização do Si), não tem certamente sido um erro, mas sim uma etapa
maior em direção ao Absoluto.
Claro, é sempre possível acreditar (e esperar) que o Si se tornará Absoluto.
O
Si não pode, em nenhum caso, tornar-se Absoluto.
Porque o Si, é pôr fim
à separação do ego e inscrever a Consciência e Vida na não
separatividade, na não distanciação.
Há, na verdade, possibilidade de
Comunhão, de reunião, mas não de dissolução.
O Absoluto
dá-lhe viver todas as vidas de todos os mundos.
O acesso ao Absoluto, ou
melhor, o Despertar para o Absoluto (que tem sempre estado lá), é
chegado muito mais fácil, hoje pelo desaparecimento do que tinha sido
chamado, creio eu, franjas de interferência do astral que lhes ocultava,
literalmente, a Verdade.
Apreendam bem que não é questão de viver o Absoluto, mas de ser o Absoluto.
Ser
Absoluto está além de qualquer estado de ser.
É também, poder ser capaz
de localizar de não importa qual ponto de vista desta forma ocupada que
é o corpo, como qualquer outro corpo.
É portanto a Liberdade, a
verdadeira.
Não esta de pensar, dentro da prisão, que se pode sair da
prisão.
Não aquela de especular hipóteses ou justificativas ao fato de
estar na vida, porque tudo isso gira em círculos.
Não existe saída.
O ego e a noção de evolução vão fazê-los acreditar (e fazer-lhes aderir) ao fato de isso ser melhor amanhã.
Mas
não há absolutamente nada melhor possível amanhã.
Além disso, amanhã
não existe, nem ontem.
Como vocês consideram que existe um amanhã, como
vocês consideram que existem um ontem, o Absoluto não pode bater em sua
porta.
Estou falando aí, é claro, do que vocês nomeariam as Leis do
Espírito, porque nada impede o corpo de estar inscrito em um emprego do
tempo e que este emprego do tempo se desenrola, tranquilamente, sem nada
fazer no sentido de um investimento da Consciência, fazendo tudo
perfeitamente bem do que é para ser feito.
É uma mudança de
olhar, é uma mudança de ponto de vista.
É uma mudança, interior, de
posicionamento, em que justamente, vocês saem de toda posição.
Onde
vocês adotam uma posição mas sim algo além de todas as coisas, no Amor
que vocês São e na Luz que vocês São, sem a necessidade de projetar
qualquer amor, qualquer luz.
Lembrem-se: vocês são Amor Luz.
Vocês não
são o amor que vocês projetam.
Vocês não são a luz que vocês podem
ver.
Porque, em definitivo, o ar não consegue ver o ar e a água não
pode ver água.
Vocês estão exatamente na mesma situação: vocês não podem
ver o que vocês São.
Vocês não podem ver o que vocês não são e, assim,
refutar tudo o que vocês veem no seio do que vocês não são.
E aí
vocês terão a surpresa de constatar que não existe mais de freio para o
Absoluto e que o marcador do Absoluto, a Onda da Vida, partirá de
assalto deste Templo Ilusório (que é o corpo), de seus corpos
inferiores, dando-lhes a viver a Onda, do Interior, e não mais do
exterior, em um corpo.
Vocês estão, eu diria (por assim dizer), em plena fase de verificação de validação, do Absoluto.
Ninguém
lhes está pedindo para acreditar no que é inacreditável. Ninguém está
lhes pedindo para aderir ao que vocês não podem aderir.
Há somente
vocês que podem dar testemunho a vocês mesmo, além do testemunho do
objeto, além do observador e do observado e além de qualquer projeção
dentro de não importa qual palavra.
Pergunta: Qual é a crença de que me freia em me abandonar ao Absoluto?
A
mais irresistível das crenças: você mesmo.
Contanto que você creia na
menor parcela deste corpo, como você acredita no menor elemento da
história, você está inscrito no efêmero.
Nenhum efêmero irá
permitir-lhe aceder ao Absoluto.
Claro, há condições preliminares,
ligadas à própria estrutura da vida sobre este mundo, inscritas, é
claro, na personalidade (no ego) e também no Si.
Sem entrar em detalhes
muito complexos, o que freia é a negação do Absoluto, porque o ego tem,
sempre, por objeto (por função), para apreender alguma coisa que lhe é
desconhecida, de fazê-lo seu na descrição, numa vivência, numa
experiência.
O Absoluto não pode ser reduzido ao ego, à pessoa nem
mesmo ao Si, visto que o Absoluto É, banha tudo, incorpora tudo.
Querer
estabelecer-se nele, querer conhece-lo, é impossível.
A maior das
resistências situa-se, é claro, a este nível e a nenhum outro lugar.
A
crença em você mesmo é o freio mais poderoso. Mas você não é, não mais,
este freio.
Além disso, quem freia se não é este mesmo que você
construiu, este que você mesmo vislumbrou?
Gostaria de lhe dizer que não
é necessário nada mais vislumbrar, em nenhum futuro e em nenhum
passado, para viver o Absoluto.
A crença no fato de viver o Absoluto
conduz ao Ser Absoluto.
Há, de alguma forma, um sinal portador
(marcador ou testemunha) da instauração de algo desconhecido: é a Onda
da Vida e da Transcendência dos centros de energias inferiores.
Mas não
deem, não mais, peso a tudo isso porque se vocês derem a isso mais peso
do que o necessário, isso vai também cristalizar-se. Isso vai também vos
limitar e concorrer para manter os limites do confinamento.
A
melhor atitude, é claro, é a espontaneidade da criança.
Este é o único
que está totalmente imerso na experiência.
Sem julgamento, sem um ponto
de referência, sem projeção.
Embora não haja um julgamento, um
marco, uma projeção, você não é a criança.
E, portanto, o Absoluto não
pode vir a bater no que você É. É a você que compete criar as
circunstâncias anteriores ao Absoluto.
Esta é, em parte, como eu
mencionei: a investigação sobre tudo o que você não é porque isso é
efêmero.
Isso consiste em eliminar tudo o que constitui sua vida e este
mundo. Não para fugir dele, eu insisto. Mas sim, para refutá-lo como
suposição inválida (e invalidada) pela própria lógica, além de tudo
mental.
O sono, a investigação, a compreensão do que representa a
testemunha, o testemunho, o sujeito, o objeto, o experimentador e o que é
experimentado, se inscrevem, em definitivo, em uma futilidade.
Aceitar
essa futilidade, é já um grande passo.
Não de vocês, mas do Absoluto
para vocês.
Pergunta: alguma coisa se instala em mim e eu não conheço, e eu me sinto estranho, ou mesmo estrangeira. Eu
vi por vezes a consciência do nada e uma plenitude. Eu me sinto
transportada pela vida e eu deixo acontecer. Há como uma supressão de
mim mesma e uma distância em relação a este mundo. Eu não tenho medo,
sem palavras, sem esperas. Você poderia me esclarecer sobre o que não
vejo em mim?
Aceite que quanto menos você vai ver
em você, mais você será Absoluta.
O que não pode ser percebido, o que é
ainda percebido, o que não pode ser colocado em palavras, nem mesmo em
Vibração, essa estranheza, assim que você a nomeia, é a morte do ego.
É
preciso esvaziar, é preciso deixar-se limpar e lavar.
Esta fase é
mais ou menos longa.
Ela chama, é assim que você diz, alguma forma de
neutralidade.
A casa está limpa, você pode então Desposar o seu Duplo.
Este casamento, que é uma aproximação, pode desenrolar-se sobre um
tempo, ilusório, mas que é vivido como tal.
É o estado em que não há
nada mais a observar, onde nada é observável, onde nada é visto, onde
nada é percebido.
Isto poderia parecer vazio, mas não está vazio.
Este
é muito exatamente onde ela dá a impressão de durar, a preparação, de
alguma forma, em suas próprias Núpcias e, portanto, ao Absoluto.
Se
eu posso exprimi-lo assim, aproveite isso, porque aproveitar isso, é
nada fazer, nada a temer, o que põe fim a toda dúvida, toda a esperança,
e também a toda impaciência.
Neste estado de vazio (que alguns
movimentos têm procurado, que algumas filosofias têm procurado)
instala-se o Absoluto.
Você estabeleceu, e viveu, e aceitou, que não há
nada a procurar, nada a encontrar. Esse nada, que não é um, é
irrevogavelmente o fim do ego.
O vaso está pronto para ser
preenchido.
O esposo e a Esposa estão à porta, ele nunca se foi.
Aproveite, se eu posso exprimir assim, esse vazio, isto é, de alguma
forma, uma antecâmara do Absoluto.
Porque, se estiver vazio de você
mesmo, você pode ser cheio do que você É.
Esvaziar-se de si mesmo
é, muito exatamente, o que é chamado o Abandono de Si. É transcender o
"eu sou", é o momento em que a consciência constata que não há nada a
observar, que nada é observável, e que o próprio ato de observar é uma
vergonha.
Há, então mecanismo de Núpcias Místicas, em progressão.
Aceitar e viver, não mais estar cheia de pensamentos (ou seja, de Ilusão), de não mais estar cheia de esperança (que é a projeção para o futuro), instala você, de alguma forma, em um estado além da esperança, que poderia ser chamado de a Esperança, mas que é, acima de tudo plenitude.
Isto é, de alguma forma, os últimos jogos da Ilusão.
O que permite estabelecer que nada pode ser vazio, e que nada pode estar cheio, e que isso não se situa entre os dois.
Esta fase não pode ser chamada de um estado porque, justamente, nenhum estado está instalado.
O vazio é a plenitude, a plenitude é o vazio.
Essas duas palavras, para além de qualquer significado, são aqueles que melhor representam esta fase anterior ao Último.
Antes de tudo não faça nada,
sobretudo não empreenda nada.
Dito isto, não se impeça de fazer, na vida deste corpo, das suas obrigações.
Mas simplesmente, não se envolva, faça o melhor que puder.
O que você vive não é uma expectativa, o que você vive não é um vazio ou um pleno, é ambos.
Dito isto, não se impeça de fazer, na vida deste corpo, das suas obrigações.
Mas simplesmente, não se envolva, faça o melhor que puder.
O que você vive não é uma expectativa, o que você vive não é um vazio ou um pleno, é ambos.
É nesta fase que a Onda de Vida pode criar sua Verdade, pois você é a Onda da Vida.
Há, portanto, um processo de desidentificação, uma morte, no plano simbólico, de tudo o que não é Verdadeiro.
É esta fase aí que você vive.
Acima de tudo, não julgue nada.
Contente-se, ainda por um pouco de tempo, em ser aquele que observa o que isso vive. Muito em breve, você vai ir além.
Este "muito em breve" não está inscrito em um linear, temporal, nem em um outro espaço, mas sim em uma forma de acuidade de si mesmo.
Algumas experiências intermediárias são possíveis neste estado, nesta fase, chegando, por assim dizer, confortá-la no fato de que você não seja este corpo, muito menos esta pessoa.
Então, aproveite e desfrute esta fase, porque é um prelúdio para o Casamento Místico.
Deixe acontecer, completamente.
Pergunta: o Absoluto, está além portanto das hierarquias de Dimensões (5ª, 11ª, 18ª, etc), seria como o retorno a A FONTE? Então, se você for para o Absoluto, qual é o interesse da 5 ª Dimensão?
Você
pressupõe, erradamente, que o Absoluto é comparável À FONTE.
A FONTE, por essa mesma palavra, significa para você uma origem e um fim.
O Absoluto está além da origem e fim.
A FONTE, por essa mesma palavra, significa para você uma origem e um fim.
O Absoluto está além da origem e fim.
A Dimensão, independentemente do seu número, é senão uma representação, uma gama de Vibrações, uma gama de exploração da consciência.
O Absoluto e A FONTE se lembram de você, mas lembre-se, você, você é totalmente livre para estabelecer o que melhor lhe parece.
Simplesmente, deve ser lembrada a existência d’A FONTE, pela experiência d’A FONTE, pelo acesso ao Absoluto.
Se você é o Absoluto, você tem a flexibilidade e Liberdade para morar nele, ou manifestar-se em qualquer Dimensão que seja.
Se a sua gama de frequência, sua gama de vida, a partição que você toca, é incompleta, no entanto, que lhe permite ver a totalidade existente no Absoluto, você é livre para acreditar que existem experiências a conduzir em outros mundos, outras Dimensões, em outros estados.
Isso faz parte de sua liberdade, mas vou admitir-lhe, isto não tem absolutamente nenhum interesse do ponto de vista do Absoluto.
Então, o que impede que você seja o Absoluto, visto que, obviamente, há um impedimento?
O impedimento está diretamente ligado à dúvida e ao medo.
Você não pode conhecer o Absoluto do ponto de vista onde você está.
O ponto de vista de onde você está deve desaparecer, ele deve aniquilar-se.
Lembre-se de que não é possível vislumbrar qualquer continuidade entre o conhecido e o desconhecido.
Você não pode ficar no conhecido e viver o desconhecido.
Você precisa deixar o desconhecido pegar você, e você perceberá em seguida, que o limitado ainda está presente.
Mas antes, isso é apenas uma suposição, isto é senão uma crença, porque você não o viveu.
Simplesmente, numerosas estruturas já lhes foram ditas que lhes será feito de acordo com sua Vibração, se você preferir, segundo a sua partição.
A partição que você joga é tributária de um instrumento, e não de um outro instrumento.
Você quer ser um tal instrumento, ou você quer ser, ao mesmo tempo, no mesmo espaço, e em todas as Dimensões, todos os instrumentos? Ponha fim a toda barreira e a todo limite.
Nenhuma experiência será jamais útil para o Absoluto, mas ele fica e continua a ser útil àquele que desempenha sua própria partição, Ilusória ou religada.
O Absoluto é a Liberdade total, mas a Liberdade mete medo porque a Liberdade é precisamente o que é desconhecido.
Enquanto você reivindica a Liberdade no seio de qualquer confinamento, você mente a si mesmo.
E enquanto há mentira, a Verdade não pode ser.
Você não pode pretender a supor, ou
imaginar, que o Absoluto é A FONTE.
O Absoluto é A FONTE, mas é muito mais do que A FONTE.
Porque o Absoluto não tem nem origem, nem fim, nem localização, nem não localização.
A Vibração, a Consciência é Vibração, isso lhes foi dito.
Permitindo viver, conscientizar, as rodas de energia (as lâmpadas), o despertar da Kundalini, e até mesmo a percepção da Onda da Vida.
O Absoluto é A FONTE, mas é muito mais do que A FONTE.
Porque o Absoluto não tem nem origem, nem fim, nem localização, nem não localização.
A Vibração, a Consciência é Vibração, isso lhes foi dito.
Permitindo viver, conscientizar, as rodas de energia (as lâmpadas), o despertar da Kundalini, e até mesmo a percepção da Onda da Vida.
Mas, assim que você percebe, você não é o que é percebido.
O Absoluto é a instalação no seio do percebido, e não da percepção.
É o memento em que não há mais qualquer distância, qualquer suposições sobre o Absoluto, porque o limitado, o ego como Si, pode apenas representar a Verdade.
Mas qualquer representação não será jamais senão um espetáculo, uma projeção, uma Ilusão a mais tempo, mais ou menos palpável, mais ou menos aproximante.
Dando um sentimento mais ou menos real, mas não é o Absoluto.
Independentemente da testemunha e do marcador do Absoluto, isto é, a Onda de Vida, e os seus efeitos sobre o êxtase ou o íntase, há também um outro marcador, o qual, situa-se na Consciência que desemboca sobre a não-Consciência.
É justamente o momento em que não há mais questão.
Porque a questão em si é concebida como ilusória, bem como a minha resposta.
Contanto que vocês pronunciem as palavras e eu pronuncie as palavras, há Ilusão.
Mas essas ilusões serão em definitivo, menos tenazes do que aquelas que estavam aí antes de nos entre teus e meus (nota: o neologismo palavra da entrevista).
Este não é então um jogo estéril, mas é bem uma prática, no sentido mais nobre.
Esta prática pode ser julgada pelo ego como intelectual, irá levá-los à sua velocidade, a realizar o estado que foi descrito na pergunta precedente.
Não suponha nada do Absoluto, porque tudo o que você suporá poderá somente ser estabelecido através de sua experiência e seu conhecido.
Não projete nada sobre o Absoluto, porque projetar o que quer que seja, já é afastar-se dele.
O Absoluto não pode ser conhecido, não pode ser formulado, ele não pode ser Vibrado, ele pode ser posto em palavras.
Pelo contrário, é possível utilizar Vibração e palavras para capturar o que não é.
Nesse momento, há uma espécie de aproximação que se efetua, é esta fase última.
Nada supor, é também nada fazer, nada
empreender.
Porque tudo vai ser feito ou empreendido, vai coloca-los em distância em relação ao Absoluto que, eu os lembro, está sempre aí.
Se há resistências ou freios, olhe-os, e é tudo: deixe-os passar, não faça nada.
Porque tudo vai ser feito ou empreendido, vai coloca-los em distância em relação ao Absoluto que, eu os lembro, está sempre aí.
Se há resistências ou freios, olhe-os, e é tudo: deixe-os passar, não faça nada.
Claro, vocês podem sempre facilitar as condições iniciais (se assim se pode dizer), por tudo o que lhes é agradável.
Mas não se percam no que é agradável, não façam um gol.
Praticar um yoga para simplesmente ficar bem, não os levará jamais ao Absoluto.
Mas estejam cientes que ficar bem permite-lhes instalar-se em uma receptividade, por assim dizer, maior.
Não façam das palavras, não mais, uma finalidade. Não façam das Vibrações, não mais, uma finalidade, mas sim, antes, dos meios e das ferramentas, para aproximá-los do que vocês não conhecem, e que, no entanto, é claro, é a sua natureza.
Isso exige de vossa parte, e isso exige de sua parte, uma honestidade, uma integridade, uma Humildade, uma Simplicidade, isso vocês o sabem, mas acima de tudo, uma Transparência, porque não pode haver transcendência sem Transparência.
A Transparência é criada por Ki-Ris-Ti, pelo Diplo, pela União Mística.
Um opaco, resistente: o corpo, a identidade, o ego, o Si, encontra a transparência de Fogo.
Deste encontro resulta a Transparência.
Transparência é não parar nada, não reter nada do que pode acontecer (quer isso seja um pensamento, quer isso seja uma emoção, quer isso seja um sintoma do corpo, quer isso seja uma relação): não congelem nada, permaneçam fluidos.
Observem, se vocês o quiserem, mas vocês não são a emoção, vocês não são o pensamento, vocês não são a relação, vocês não são o corpo. Deixem acontecer.
É que eu posso lhe dizer.
Sem nada rejeitar: não é porque você rejeita um pensamento que ele vai desaparecer.
Pelo contrário, se você o observa passar, sem se apegar a ele, ele desaparecerá, esta é toda a diferença.
Pergunta:
A partir do momento em que eu aceito que eu não sou tudo o que eu
conheço de mim e do Si, de qual abertura, além da minha consciência
atual, tenho eu necessidade (além de deixar agir a Onda da Vida e o
Manto Azul da Graça) para bascular no Absoluto (além do "eu sou")?
Nada
de mais, e uma só coisa em relação ao que você disse: aceitar que você
não É nada de tudo o que você conhece, é uma primeira etapa.
Mas você já pensou em refutá-lo? Não é porque você diz somente: "Eu não sou este corpo", que você vive o Absoluto.
Refutar o "eu não sou este corpo" está além da aceitação.
Não é um jogo de palavras, é uma realidade da consciência.
Mas você já pensou em refutá-lo? Não é porque você diz somente: "Eu não sou este corpo", que você vive o Absoluto.
Refutar o "eu não sou este corpo" está além da aceitação.
Não é um jogo de palavras, é uma realidade da consciência.
A consciência que lhe conduz, se assim se pode dizer, a deixar exprimir-se e imprimir-se o Absoluto, é uma refutação de tudo o que você conhece simplesmente aceitar a negação do que você conhece.
No ato da aceitação do que você não É, não há refutação, há então ainda uma distância.
A refutação, pelo contrário, do que você não é, está além da aceitação.
A refutação é um ato ativo, a aceitação é um ato que eu poderia qualificar de passivo.
Há, então uma fase anterior ativa, esta fase é conduzida pela própria consciência, do ego ou do Si.
A refutação é então uma dinâmica.
Como eu o disse, essa é uma investigação. Esta investigação não é um jogo do mental, mas sim um exercício (eu não gosto dessa palavra) espiritual.
Desde o instante em que a investigação é realizada, ela desemboca sobre o quê? Sobre uma identificação.
A desidentificação pela refutação vai então conduzir você, sem esforço, sem nada fazer, para ser Absoluto.
A espontaneidade acompanha a Transparência.
A espontaneidade é a ausência de reflexão, o que não quer dizer fazer não importa o quê, mas fazer, ou ser, o que é independente de qualquer referência a um passado e, portanto, uma experiência passada.
É o Caminho do Coração.
Porque o Coração nunca se engana, contrariamente ao mental.
Eu não falo da intuição, porque a intuição faz sempre referência ao que é bom ou ruim, para você. Nós estamos além do que é bom e do que é ruim.
O bom e o ruim, para você, esta intuição e este discernimento, dos quais se gargalham os seres ditos espirituais, é uma Ilusão a mais.
A espontaneidade resulta da Transparência.
Há então, nesse momento, de alguma forma, uma espécie de traspassamento do Coração, de trás para a frente e da frente para trás.
Que faz ser traspassado pôr em ressonância, bem além do que é percebido no corpo, Transparência e espontaneidade.
Manobrando literalmente a experiência passada e, portanto, o mental. Isto se chama também o Dom do Si, ou o Abandono do Si.
Isto fará, creio eu, o objeto de desenvolvimento por uma consciência, por assim dizer, mais qualificado do que eu (nota: ver em nosso site a intervenção de ANAEL de 9 de abril) Aí também, não há nada portanto a fazer senão deixar acontecer.
Mesmo se há um lado
ativo na refutação, depois, convém deixar acontecer.
Porque você não pode fazer nada, nada a empreender, para conhecer o que é Desconhecido para você.
Você pode senão passar de um ao outro, mas esta passagem não é ilustrada por qualquer coisa que lhe permitiria passar: é, portanto bem, uma transcendência, e não uma transformação.
Porque você não pode fazer nada, nada a empreender, para conhecer o que é Desconhecido para você.
Você pode senão passar de um ao outro, mas esta passagem não é ilustrada por qualquer coisa que lhe permitiria passar: é, portanto bem, uma transcendência, e não uma transformação.
Há então, efetivamente, esta investigação a realizar.
Uma vez realizada a investigação, deixe ser, e deixe acontecer.
A investigação desemboca, sistematicamente sobre o que poderia ser nomeado um paradoxo, entre nada e plenitude.
Sobre uma interrogação, que eu qualificaria de última, interrogação última pondo fim a toda interrogação e a toda questão.
É nesse momento que é realizado o absurdo total do ego e do Si, não antes.
Pergunta: Eu adoraria estabilizar o estado de não observação por de mais de um pequeno instante. Como?
Simplesmente
deixando de querer observar, de maneira incessante, tudo.
Fixe-se sobre o próprio mecanismo da observação, e não sobre o que é observado.
Fixe-se sobre o próprio mecanismo da observação, e não sobre o que é observado.
Quem observa?
Onde está o observador?
São seus olhos que veem?
É esta reflexão?
Onde está situado o observador?
É passar da perspectiva de quem é observado a uma outra perspectiva.
Desde que há observação, do que quer que seja ou de quem quer que seja, o tempo flui.
E, portanto, há uma lembrança, por meio de sua pergunta, em querer congelar o que não pode ser congelado: o tempo passa.
Então é para você, esta questão de "quem observa? " (e não: o que se observa?), que nascerá a imobilidade.
Porque você vai encontrar o observador, e você vai perceber que não há mais observador senão as coisas observadas.
E que o observador é senão uma projeção, de outra coisa, que está por trás do observador.
Naquele momento, você poderá bascular.
Não antes.
O Si é a observação mais perfeita da Luz, onde os mecanismos de Consciência e Vibrações estão presentes, contribuindo para estabelecer a Alegria, contribuindo para estabelecer uma satisfação.
Permitindo a acreditar que há uma busca que foi completada, encerrada e realizada.
É preciso
ultrapassar isso, e ir além disso.
A melhor maneira, efetivamente, é não fazer nada, deixar acontecer.
E de sair, mesmo, da dinâmica aparente da observação, do que é observado, do próprio observador.
Pois quem está por detrás de tudo isso?
Ou melhor: o que há por trás de tudo isso?
A melhor maneira, efetivamente, é não fazer nada, deixar acontecer.
E de sair, mesmo, da dinâmica aparente da observação, do que é observado, do próprio observador.
Pois quem está por detrás de tudo isso?
Ou melhor: o que há por trás de tudo isso?
Como você observa, você não é o observador.
Como você é o observador, você não é o que está por trás do observador.
Investigar isso é uma prática maior.
Desta pesquisa, realizada honestamente, decorrerá a fase final, decorrerá também a Onda da Vida, e da permeabilidade das rodas (dos chacras) para a Onda da Vida.
Não se ocupe da Onda da Vida, você não pode nem medi-la, nem controla-la, nem dirigi-la.
Você vai, então observá-la.
E você vai se localizar, então, do ponto de vista do observador, que se fará a pergunta: é bem, é mal?
Como você jogar este jogo, o êxtase não pode nascer.
Chega um momento em que você estabelece que você não pode influenciar de nenhum modo a Onda da Vida, mas você é sempre observador.
Ponha-se a pergunta "o que é observado? " " Quem é o observador? "
E você vai se tornar a Onda de Vida.
Deixando nascer, então, o êxtase, marcador inefável do Absoluto.
O que é para estabilizar, é o que já está estabilizado, e que nunca mudou, que nunca desapareceu.
É, muito exatamente, o Absoluto: aí, onde não há mais observador, aí onde não há mais observado, e aí, onde não há mais, não mais, aquele que está por trás do observador.
Porque o Absoluto é às vazes o observado, o observador, e o que está por trás do observador.
Aí também, não há mais distância, nem diferença.
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
Então eu nos proponho colocar, de forma tran (transição), um termo ao nosso entre meus e entre seus.
Vou deixar mais qualificado do que eu para expressar o que representa e o Dom de Si e este Abandono do Si.
Eu intervirei em outro momento, em sua rota para essa conquista. Resta-lhes ler o que eu lhes disse.
Não faça uma palavra de certeza ou de evangelho.
Tente ver o que é justo, o que não é justo.
Não em um aspecto discriminante, mas, do mesmo modo
que eu exprimi, em a forma de investigação.
Eu darei as instruções, em
poucos dias, que nos permitirão encerrar esta entre seu e entre o meu a fim de ir ao Princípio e a Essência própria do que foi dito.
Ou
seja, ir além do diálogo, além do diabol e além do símbolo, para, de
alguma forma, reunir os três elementos da mesma Verdade inefável do
Absoluto.
Eu rendo Graças a sua escuta.
E eu vos rendo Graças por
apoiado, e trazido, as palavras que eu tinha a lhes dar.
Desde que me deva nomear, BIDI os saúda, e lhes diz, em seu tempo, até breve.
Mensagem do venerável BIDI,
publicada no dia 9 de Abril pelo site Autres Dimensions.
Tradução para o português: Josiane Oliveira.
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