TERESINHA
DE LISIEUX Autres Dimensions
Em
10-03-12
Irmãos e
Irmãs na humanidade, eu rendo Graças por sua Presença neste espaço.
Eu sou
TERESA, uma das Estrelas, diz-se, em ressonância com PROFUNDIDADE.
Eu estou
na junção do elemento Terra e do elemento Água.
A Água
que fecunda a Terra, a Água que entra nas profundezas da Terra, a fim de
vivificá-la.
Eu sou,
também, por tê-lo exprimido em numerosas reprises, o Caminho da Infância, da
Pequenez, aquela que pretende ser insignificante e negligenciada, aqui, não num
qualquer paradoxo de querer desaparecer, mas porque, muito jovem, em minha última encarnação,
após uma experiência específica vivida em minha infância, eu apreendi que havia
dois mundos.
Esse
mundo em que havia seres, como eu, seres a amar mais ou menos, seres com os
quais havia relações de carne, de sangue, e, depois, havia a religião, algo que
era misterioso, mas que não era visível,
Para uma
criança, é muito desagradável não ver algo de que se fala todo o tempo, em sua
família.
A partir
do instante eu que eu vivi meu primeiro encontro com esse outro mundo,
pareceu-me óbvio que esses dois mundos estavam separados, o que quer que disso
dissessem aqueles que oficiavam nas igrejas, o que quer que disso dissessem
meus pais, meus irmãos, minhas irmãs, essencialmente, uma vez que meu irmão
morreu muito jovem.
Eu jamais
pude imaginar outra coisa, e pensar outra coisa: para ter acesso a esse outro mundo havia como um
princípio de vasos comunicantes e que eu não podia ser o que quer que fosse,
aqui, se eu quisesse, em minha cabeça de criança, obter alguns favores desse
Céu, a fim de que, se fosse possível, Viver, muito rapidamente, esse Céu.
Como eu o
disse mais tarde, antes de partir a esse lado de onde eu me exprimo, eu dizia
que eu passaria meu Céu a fazer o bem sobre a Terra, através de certo número de
sinais.
Muitos
seres humanos puderam concretizar esses sinais.
Desde o
início desse dia, minhas Irmãs falam-lhes desse Casamento Místico, dessa
Aliança Sagrada, desse Sacramento Final à Unidade, à Verdade, ao Cristo, ao
Absoluto.
Minhas
Irmãs falaram-lhes, ao mesmo tempo, de condições e de manifestações dessa Onda
de Vida em vocês.
Minha
Irmã GEMMA deu-lhes, mesmo, há pouco tempo, observações a manter, de algum
modo, para viver o Absoluto, esse Casamento, desposar o CRISTO, desposar o
Absoluto.
A Onda de
Vida, como foi enunciado por GEMMA, pouco antes de mim, é um movimento
ascendente que vem, de algum modo, completar um movimento descendente.
A descida
do Espírito Santo, a descida da Luz fecundou a Terra, fecundou sua carne, em
seus recantos, eu diria, os mais íntimos, nos quais se encontravam não
unicamente os últimos apegos à personalidade, mas, efetivamente, todas as
coisas que estão, ao nível da humanidade, inscritas numa noção de pecado
(qualquer que seja a religião, qualquer que seja sua cultura), nos quais se
encontram inscritas as dúvidas, nos quais se encontram inscritos não apegos,
mas a apreensão Final, aquela da morte, é claro: a grande interrogação e o
grande enigma.
Ir às
suas profundezas é bem mais do que aceitar ver, como dizia o Comandante (ndr:
O.M. AÏVANHOV), suas próprias Sombras, não mais pô-las sob o tapete, vê-las.
Ir às
profundezas é mais do que isso, é apreender que, no Absoluto, tudo o que, ao
nível do limitado da pessoa e da experiência da carne, aqui, nesse mundo, pode
aparecer como ferida, como falta, como tragédia ou como felicidade, tudo isso
participa da mesma ilusão, da mesma coisa a que vocês nomeiam e que eu nomeio,
com vocês, agora, efêmero.
Tudo isso
não tem qualquer lugar no tempo nem na Eternidade.
A única
experiência que vocês qualificariam de mística teve a chance de produzir-se, em
mim, na idade da infância e, portanto, deixar essa marca indelével, essa
necessidade de voltar a tornar-me a menor dentre os humanos aqui, eu repito,
para atrair favores do CRISTO.
É claro,
isso me consumiu: eu me consumi de Amor, durante minha frágil vida, até morrer,
como vocês, talvez, saibam, escapar desse mundo, extremamente jovem.
Hoje,
nesse mundo, nesse tempo em que vocês estão, vocês não têm mais que se consumir
de Amor, mas Ser o Amor.
É essa
última etapa da qual lhes falaram os Arcanjos, os Anciões, algumas de minhas
Irmãs.
Essa
última etapa, se se pode chamá-la assim, não é um resultado, ela é, realmente,
um Coroamento que vem pôr fim a todas as ilusões, mesmo aquelas escondidas,
como tabu, em todas as suas profundezas, inscritas na carne humana, ou seja, no
DNA, no que vocês chamam de seus cérebros os mais antigos.
É,
portanto, algo de que não se pode escapar, apesar de nós: essa noção de pecado,
essa noção de culpa, essa noção de fragilidade da carne, de sujidade.
Mesmo se,
em definitivo, tudo isso seja apenas uma ilusão, ela participa tanto da ilusão
como da manifestação da Alegria.
Vem um
momento em que, quando vocês aceitam entrar em suas profundezas (não para ver
sombras, tanto ilusórias como o que vocês podem ver em outros lugares): é o
momento em que vocês capitulam, é o momento em que vocês rendem as armas, é o
momento em que vocês voltam a tornar-se uma criança e dizem, de algum modo:
«que Sua Vontade seja feita e não a minha».
É o
momento em que vocês capitulam diante, ao mesmo tempo, da enormidade e do
próprio absurdo de tudo o que faz esse mundo.
Eu o
repito: quer essa vida seja a mais feliz, a mais simples ou a mais dolorosa,
isso estritamente nada muda na problemática da Profundidade.
O
Casamento Místico, hoje, vem fecundá-los.
Quem se
casa não é, em definitivo, outro além de você mesmo: você mesmo no efêmero, que
deixa o lugar para você mesmo, na Eternidade.
Esse
momento marcante que lhes é oferecido, porque é uma das Doações do Manto da
Graça, representa a Doação de Amor do CRISTO, a Doação de Amor do Absoluto.
Essa
Doação de Amor, é a vocês que cabe apreender-se dela, inteiramente, como uma
corda que lhes é trazida, em seu seio, no mais profundo de todas as desordens
como de todas as alegrias.
Ir até o
mais profundo, não para ali discernir o que é Sombra, o que é resistência, mas,
efetivamente, para deixar a dúvida, a apreensão, o medo, o medo dessa carne perecível,
e vencê-la.
Não por
qualquer vontade, mas, efetivamente, como foi dito e repetido, pela ação, ao
mesmo tempo, da Luz, de sua Inteligência e, sobretudo, doravante, a ação do
Manto Azul da Graça porque, naquele momento, vocês viverão, realmente, esse
Absoluto.
Vocês
constatarão que há, em vocês, um estado diferente de tudo o que pôde ser
experimentado.
Vocês
constatarão que tudo o que tinha peso, corpo, densidade, não existe mais para
vocês: vocês entram em esferas de leveza, e essa leveza não é, simplesmente, da
Alegria, nem simplesmente um estado de contentamento.
É bem
mais do que isso, e isso lhes é oferecido.
Não há
qualquer barreira, não há qualquer obstáculo, nada há entre vocês e Isso:
apenas a dúvida.
Isso é
bem além dos últimos apegos, uma vez que é o Último apego, não unicamente o
medo do desconhecido ou da morte, mas o medo da Transcendência dessa carne
perecível.
A
Ascensão desenrola-se, para vocês que estão presentes sobre esse mundo, nesse
mundo, em sua carne.
E é essa
carne, nomeada ilusória, que deve Transfigurar-se, que deve Ascensionar, com ou
sem essa carne, a mais densa.
Contudo,
o Casamento Místico os faz descobrir uma passagem obrigatória, que é aquela de
suas próprias profundezas, que nada mais é do que a última morte.
O que eu
chamei a Porta Estreita, o Caminho da Infância nada mais é, de qualquer modo,
do que esse Abandono total de tudo o que foi encontrado, de tudo o que foi
vivido, de tudo o que foi experimentado.
Vocês
nada têm a reter.
Apreender-se
da corda e apreender-se desse Absoluto é, indiscutivelmente, soltar todo o
resto.
E quem
mais, melhor do que a criança, pode realizar isso: voltar a tornar-se como uma
criança, abandonar toda veleidade, porque nada há a conquistar.
Abandonar
toda experiência, porque nada há a experimentar.
Abandonar
todo estado, porque todos os estados são apenas transições para esse Último.
Então, a
Onda de Vida que rompeu, de algum modo, as últimas dúvidas, os últimos apegos
além dos apegos, vai deixar emergir, em vocês, desde as zonas as mais
profundas, desde os pés, desde essa zona qualificada de vergonhosa.
Tudo o
que dizia respeito ao primeiro chacra (à carne), ao segundo chacra (a tudo o
que se refere ao poder) explode-lhes na cara.
Então, é
claro, quando se é uma criança, como eu, é-se, efetivamente, incapaz de pôr
palavras como Gozo, como Êxtase.
E, no
entanto, vocês, que têm a experiência, pela sua vida (dessa vida que vocês
levaram ou que levam), é exatamente isso.
Mas esse
indizível é bem mais do que o que é vivido na limitação.
Tocar as
profundezas não é descer.
Tocar as
profundezas é apoiar-se em tudo para ser Tudo, é nada mais ser, quebrando o
impulso da seiva de Vida, quebrando o impulso da Onda de Vida, essa Onda
entusiástica que sobe e que os percorre, permutando, de algum modo, esse Canal
do Éter, essa Via Sagrada situada ao longo da coluna vertebral e que não está
mais nem atrás nem na frente.
Não há
mais antes.
Não há
mais depois.
Não há
mais atrás.
Não há
mais o que quer que seja além dessa Onda.
A
Profundidade é, certamente, o último obstáculo porque, é claro, a Luz é sempre
concebida – e, sobretudo, se é criança – como um ideal, como uma perfeição,
como algo inacessível nesse mundo e que, talvez, será acessível de acordo com
as ações efetuadas.
Foi assim
que eu compreendi criança: todas essas noções de dúvida, de proibido, de
pecado, todas essas noções limitantes, frustrantes não existiriam mais, uma vez
liberada da carne, nos braços do CRISTO.
Então, é
claro, apesar disso ser representações, para mim, isso me permitiu levar a
efeito meu Pequeno Caminho, isso me permitiu viver em toda serenidade o fato de
deixar esse mundo.
Embora
ainda apegada, no sentido profundo, ao que restava de minha família, às minhas
irmãs, ao CRISTO, eu dei esse passo, aquele de superar esse medo, porque, a
partir do instante em que vocês superam o medo, a partir do instante em que
superam esse choque no qual lhes dizem, no qual vocês sentem que vão
desaparecer, vocês se apercebem, naquele momento, de que, quanto mais vocês
desaparecem, menos desaparecem, de que, quanto mais tudo se apaga, mais tudo se
acende e é unicamente naquele momento que a Onda de Vida pode, efetivamente,
apreendê-los e animá-los.
A morte,
naquele momento, não deve, absolutamente, nem ser temida, nem projetada.
O desaparecimento
do efêmero, ao mesmo tempo conservando, de momento, essa forma que vocês têm,
deve ser, ao contrário, muito mais fácil, mas é o mesmo sentimento, aquele de
dúvida, aquele desse último apego à carne, ao que é perecível, é isso que a
Onda de Vida vem consumar.
Então,
isso não lhes pede uma armadura de guerreiro, isso não lhes pede para bater-se
ou debater-se, isso lhes pede, simplesmente, para passar através, qualquer que
seja o modo.
Isso lhes
pede, simplesmente, para aquiescer à Luz, aquiescer ao Absoluto, aquiescer ao
CRISTO, o que quer que se manifeste em sua consciência, o que quer que se
manifeste nesse corpo, o que quer que se manifeste na personalidade ou mesmo
naquele que contempla a Luz.
Que
arriscar?
Que
temer?
O
Absoluto é tudo.
Ele é
Amor.
Ele é
Luz.
Esse
mundo não o é.
Todos, na
encarnação, seja o pior dos assassinos, seja o Caminho da Infância, seja seu
caminho que é pessoa, todos, sem qualquer exceção, eu digo, efetivamente, sem
qualquer exceção, têm a mesma capacidade de cruzamento.
Vocês não
podem julgar um caminho, porque esse caminho é pessoal.
Cada
caminho pessoal é diferente, e todos os caminhos, em definitivo, podem apenas
levar ao Absoluto e à Eternidade.
Compreender
isso é aceitar, mesmo, as próprias dúvidas, não para dar a elas mais peso, mais
realidade, não para ali apegar-se, mas, bem mais, para vê-las pelo que elas
são: coisas que passam.
Como
disseram minhas Irmãs, um pensamento pode passar.
Então,
quando vocês oram, quando meditam, vocês podem ter pensamentos sadios, mais
pensamentos ou muitos pensamentos, mas pouco importa porque, se vocês tomam, aí
também, o tempo de colocar-se, mesmo na contemplação da Luz – no que nossos
Irmãos e Irmãs chamam o Si, como os Arcanjos – então, no Si Luz, como no
Eu-Sombra, há uma Transcendência.
Há uma
Transcendência a partir do instante em que todo sentido de todo Eu, de todo
prazer ou de todo desprazer os faz não refletir, mas apreender, de algum modo,
seu próprio absurdo, porque nós sabemos, todos, sobre esse mundo, nenhum prazer
é eterno, nenhum desprazer é eterno, nenhuma vida é eterna: tudo passa por
ciclos, tudo passa por experiências.
Então,
qual experiência pode alterar, realmente, esse outro mundo que é perfeito, que
é o Amor, a Graça, que é repleto de Anjos, de Seres de Luz?
A partir
desse instante, o Manto Azul da Graça vai agir em vocês.
Porque
ele vai dar-lhes não a esperança, mas ele vai dar-lhes a viver, realmente, a
ver – interiormente e em profundidade – o absurdo, o absurdo total de tudo o
que não é Amor.
O Amor não
é a dúvida.
O Amor
não é nem o sofrimento nem o prazer.
O Amor
não é a Alegria.
Ele é bem
mais do que isso.
O Amor é
a própria natureza do que nós todos somos, sem qualquer exceção, quando todos
os Eus do parecer, quando todos os Eus os quais nós temos – ou rejeitamos –
apagam-se, porque eles aparecem como eles são: absurdos.
Mas isso
não os relega, contudo, como para rejeitar, como para descartar de nosso
caminho de Luz, mas, bem mais, para compreender que, finalmente e em
definitivo, não há nem caminho, nem Sombra, nem alegria, nem dor, porque tudo
isso procede do efêmero.
Essa sede
de Eternidade, essa sede de Unidade, eu repito, ela é, ela também, inscrita em
toda consciência, sem qualquer exceção, desde a partícula a mais elementar até
o conjunto de Universos, de Multiversos, de Dimensões.
Esse
princípio é o mesmo, imutável, de toda Eternidade, em todo Criado e no
Incriado.
É isso
que nós somos.
Então, é
claro, ir às profundezas não é ir à escuridão, não é ir para infernos outros
que não aquele no qual nós todos estivemos confinados.
É ir ao
reencontro do Absoluto: Transcender o Si, Transcender o Eu-Sombra ou o Si Luz,
ir para esse indizível, viver esse indizível porque, assim que há reencontro,
não pode mais haver perda, não pode mais haver separação.
Tudo o
que é verificado e realizado, naquele momento, coloca-os, definitivamente, com
o CRISTO, ou seja, «sobre esse mundo, mas não desse mundo».
As
ilusões desaparecem; resta, apenas, a certeza desse Absoluto, apenas a certeza
desse Inefável Êxtase.
Assim é o
Casamento Místico.
Ter disso
a consciência, mesmo se não é, ainda, vivido pela Onda de Vida, propicia a
certeza de que, no momento vindo, momento Último desse mundo, vocês o viverão.
Então,
efetivamente, nada há a temer.
Apenas o
que sua consciência pode projetar (seja na pessoa como naquele que contempla a
Luz), tem o mesmo jogo e o mesmo papel: distanciá-los, de alguma forma, de sua
natureza e de sua Essência.
Mas,
quando vocês descobrem a Verdade, aquela que o Arcanjo ANAEL nomeou Verdade Absoluta,
vocês apenas podem ser o Absoluto.
Vocês não
podem ser nada do que acontece, nada do que nasce, nada do que perece; vocês
não podem ser nada do que creem, do que vocês definem.
Vocês não
são quaisquer de suas projeções.
Vocês não
são qualquer tempo, nem o passado nem o futuro.
Vocês não
são qualquer espaço e, sobretudo, qualquer forma.
Viver o
Absoluto dá-lhes a viver a ausência de limites, mesmo se a consciência está,
ainda, inscrita numa forma, qualquer que seja.
Vocês
vivem a consciência de que isso é um tempo, e de que esse tempo não é a
Eternidade, ainda menos o Absoluto.
Então,
naquele momento, como já o disseram minhas Irmãs, vocês reencontram a Paz,
porque vocês são a Paz.
Vocês
reencontram a Felicidade, porque vocês são a Felicidade.
Vocês
são, ao mesmo tempo, o que está no alto, o que está embaixo: não há diferença.
O
Casamento Místico está consumado.
Ele
consumou, de algum modo, pela Água de Vida, o Fogo de seu Coração.
Vocês
são, naquele momento, nem o Fogo, nem a Água, nem o Ar, nem a Terra; vocês se
tornaram o Éter, o que sustenta os mundos, as Dimensões, as manifestações, o
que está presente por toda a parte, absolutamente por toda a parte.
O tempo
da Graça, o Manto Azul da Graça que se derrama em vocês, que é vocês, é, de
algum modo, esse impulso Último, esse Apelo urgente da Luz para viver, enfim,
sua Natureza e sua Essência, para não mais interessar-se, simplesmente, ao que
é superficial, às atividades desse corpo ou de seus pensamentos, mesmo se, é
claro, isso não os dispense, em alguns casos, de efetuar suas atividades
comuns.
O que
quer que a Luz faça, de qualquer modo, sendo Absoluto, nada pode alterar o
Absoluto.
Quer
vocês possam fazer ou não mais, a Luz provê a tudo.
Se vocês
soubessem quanto essa frase, em minha infância, surpreendeu-me e quantas vezes
eu a repeti a mim mesma (nos evangelhos, quando o CRISTO dizia): «será que o
pássaro preocupa-se com o que ele vai comer amanhã?».
E eu me
dizia, mesmo criança: «mas o pássaro não é humano, o pássaro não constrói tudo
o que nós construímos, nós, humanos.
E,
portanto, o pássaro estaria, em sua despreocupação, finalmente, mais próximo da
Verdade? Ele seria a Verdade?».
Efetivamente
muito tempo, desde meu acesso ao que eu sou, eu compreendi que essa frase era a
estrita Verdade.
É claro,
alguns podem viver essa frase pela vontade do ego, mas não é disso que eu falo.
O que eu
falo é do Caminho da Infância, ou seja, esse momento, há a despreocupação, a
espontaneidade.
Há o que
ainda não foi apanhado pelas obscuridades – assim nomeadas – desse mundo, pela
carne, pelas emoções, pelas feridas.
A Onda de
Vida faz de vocês, ou fará de vocês seres de Verdade e de Absoluto, regenerados
por sua própria natureza.
Lembrem-se
de minhas palavras: qualquer que seja a Onda de Vida que os percorre, ou não,
vocês a viverão.
Apenas a
dúvida pode freá-la, mas não pode apagá-la, porque nada pode apagar o Absoluto.
Nada pode
substituir-se a Ele.
Então,
meu modo de portar a Onda de Vida a vocês não emprega palavras como pode
empregá-las minha Irmã GEMMA, mas pouco importa.
Se vocês
penetram além das palavras, além de uma compreensão, vocês vivem a Essência do
que eu lhes digo, ou vocês a viverão.
Não há
tempo.
O que se
realiza, nesse momento mesmo, sobre a Terra, é a Ascensão da Terra, contudo,
vocês disso não conhecem a verdade ou a realizada no agenciamento desse tempo
ilusório no qual vocês estão.
Nós
sempre dissemos e, sobretudo, os Anciões, que vocês haviam trabalhado para
aliviar o fardo da dúvida, do sofrimento, da prova.
Hoje,
vocês estão na fase em que descobrirão ou viverão, mesmo, a prova, porque
muitas coisas foram consumadas, e nós lhes rendemos graças pelo que foi
consumado.
Mas,
hoje, a Ascensão da Terra é real e efetiva.
Então, o
ego, a pessoa colocar-se-á, sempre, a questão de saber se haverá três dias, se
haverá o Apelo de Maria.
Mas qual
mais belo apelo pode existir do que aquele da Doação da Graça a si mesmo, bem
além de Maria, bem além do CRISTO, bem além de nossa apresentação?
Se o
Manto Azul da Graça – que assinala o Despertar da Terra, a Eternidade da Terra
– pode evitar todo o resto, então, assim seja.
Por que
querer imaginar, projetar, pensar que tudo isso vai ser difícil, que a Porta
Estreita é uma Porta difícil de cruzar?
Ela é
difícil a cruzar para o ego, para a pessoa, com tudo o que a obstrui, todas as
ilusões, todas as Crenças, todas as certezas também.
Mas a
Onda de Vida alivia seu fardo.
Ela vem
liberá-los de tudo isso.
Vocês não
são a dúvida.
Vocês não
são qualquer limite que seja.
Sejam
Simples.
Sejam
essa Infância.
E o Reino
dos Céus será o seu, porque não há outro Reino, não há outra Verdade.
A Onda de
Vida que eu lhes transmito, através dessas algumas palavras, é, também,
testemunho.
Mas eu
rendo testemunho de que ou de quem?
Simplesmente,
de vocês, de cada um de nós, do que nós somos, no Absoluto.
Aí está o
que a Estrela PROFUNDIDADE tinha a dar-lhes: outra faceta de vocês mesmos,
desse prisma perfeito, desse Absoluto total.
Em geral,
eu prefiro fazer meus milagres – como eu os nomeio, mais, eu diria – a titulo individual.
Quando
uma alma, um corpo, quando um espírito ou quando uma pessoa, sem qualquer
crença, ora a mim, então, eu respondo, sempre, pela rosa.
Isso
vocês sabem, todos, aqueles que se interessaram por minha curta vida.
Não há
condição de crença, não há qualquer condição.
Eu
intervenho, a partir do instante em que a Comunhão pode estabelecer-se.
Não há
qualquer condição limitante no pedido.
Há apenas
aquele que é, de algum modo, o tempo de seu pedido, para voltar a tornar-se
como uma Criança que se dirige a outra Criança, para além de qualquer
prejulgamento, para além, mesmo, do próprio pedido, de sua satisfação.
Hoje, as
Núpcias Místicas, essas Núpcias de Luz que vocês vivem, levam-nos a viver
estados não comuns em sua fase de instalação.
Vocês mantêm
a lembrança de suas deslocalizações, de seus sonhos – que não são sonhos – mas,
também, do que pode, por vezes, ser projeções num ideal, no que poderia ser a
Onda de Vida, no que ela vai mudar, de maneira definitiva, algo.
Todas
essas abordagens são, ao mesmo tempo, encorajamentos e dúvidas.
Vão, cada
vez mais, para a Simplicidade.
Vocês
nada têm a reivindicar, porque vocês o São, de toda a Eternidade.
Vocês
nada têm a pedir, de fato, porque vocês são o Tudo.
Assim que
vocês se aproximam desse estado de Graça, imediatamente, vocês estão em
Comunhão.
Então,
seja com uma personificação de Teresa, seja com uma Estrala, seja com um Ser de
Luz, isso ilustra desconhecido nesse mundo, o princípio é o mesmo.
Apenas a
parcela limitada é que procura identificar, nomear, dar um nome a uma forma
que, de fato, não tem forma.
Essa é a
lógica humana: não há que rejeitar, há, simplesmente, disso estar lúcido e,
verdadeiramente, apreender que vocês nada são de tudo isso.
Questão: de onde vem a impressão,
quando de um sonho, de viver, realmente, outra vida?
Minha
Irmã, eu penso que muitos Anciões, em especial orientais, explicariam isso
muito melhor do que eu.
Até o
presente, e do que eu compreendi, também (e de minha vivência no Absoluto),
aqui, sobre esse mundo, há a consciência comum, aquela que realiza suas
ocupações, tanto as mais simples como as mais complexas.
Há uma
consciência chamada de sono que é, de fato, uma ausência de consciência.
Vocês não
estão mais nesse mundo.
Vocês não
são mais essa pessoa.
Onde vocês
estão?
E,
depois, nesse sono, nessa a-consciência, há momentos de sonho.
Quando
vocês saem do sonho, pela manhã, até o presente, vocês sabiam que haviam
sonhado.
A
particularidade destes tempos é que, qualquer que seja esse sonho, vocês não
sabem mais quando sonham.
Será que
vocês sonham quando estão acordados ou será que vocês sonham quando estão
sonhando?
Eu
responderei, nos dois casos: «vocês não são nem um nem o outro».
Portanto,
é claro, isso pode ser desconcertante para o ego, para a pessoa, e, mesmo, para
o Si, porque há um basculamento, de algum modo.
O que é
real?
O que é
irreal?
Até o
presente, o sonho aparecia como irreal e, para alguns de vocês, o modo de
fazê-los soltar suas últimas dúvidas, é tornar, de algum modo, seus sonhos mais
vivos do que sua vida, para que vocês percebam que tanto um como o outro, de
fato, são apenas uma ilusão, apenas uma projeção.
Assim age
a Onda da Graça.
Ela os
prepara.
É claro.
Há, também, mecanismos de deslocalização.
Então, é
claro, quando vocês sonham, o cérebro vai dar-lhes imagens.
Por
exemplo, vocês estavam na embarcação: ele vai fazê-los fazer ver um barco, um
avião, um automóvel.
Vocês
reencontram seres que conhecem, na vida desse mundo, e vocês os reconhecem, mas
não são os mesmos.
É claro
que não são os mesmos.
E não são
sonhos, tampouco, até o momento em que vocês mantiverem a continuidade da
consciência.
Não
haverá mais alternância de despertar, no sentido da consciência de vigília e de
sono.
Não
haverá mais diferença entre o sonho e a realidade comum, porque ambos são a
mesma ilusão.
Vocês
estarão lúcidos disso.
É isso
que se prepara.
Alguns
Irmãos e Irmãs chamados, eu creio, primitivos, dizem que esse mundo toca ao seu
fim, que o tempo do sonho toma fim e que, de fato, o sonho era crer nesta vida,
se é que não seja um pesadelo.
Mas,
mesmo o mais belo dos sonhos não é a Verdade.
Questão: há um trabalho a fazer para
acompanhar a Ascensão da Terra?
Sobretudo,
nada acompanhar.
Sobretudo,
nada fazer.
Sobretudo,
nada querer.
Porque
nada do que possa ser empreendido – pela personalidade ou pelo Si – pode
conduzir ao Absoluto.
Contentem-se
de Ser, de viver o que a Vida dá-lhes a viver, no efêmero, estando conscientes
de que vocês não são isso; estando lúcidos sobre tudo o que nós temos dito,
desde algumas semanas.
Todo o
resto estabelecer-se-á por si.
Não temos mais perguntas.
Agradecemos.
Caros
Irmãos e Irmãs na humanidade, nada mais tenho a acrescentar sobre a Onda de
Vida.
Eu nada
mais tenho a acrescentar sobre a Profundidade.
Eu lhes
agradeço por terem permitido exprimir-me entre vocês, por ter vivido com vocês
o que alguns de vocês, aqui, já vivem, em Verdade.
E eu lhes
digo: não, vocês não estão sonhando.
Não,
vocês nada estão projetando.
Não,
vocês nada estão imaginando.
Essa é a
estrita Verdade de quem vocês São: esse Absoluto, esse indizível Amor.
Vocês são
a Onda de Vida, e eu os abraço, a todos, em meu Coração, que é seu Coração.
Até
breve.
___________________
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